Foi realizado um estudo longitudinal para investigar se uma exploração que tinha sido negativa ao circovírus suíno tipo 2 (PCV2) através da reacção em cadeia da polimerase (PCR) estava livre de PCV2 ou se os perfis negativos indicam que o nível de PCV2 varia com o tempo.
Foi realizada uma amostragem adicional em oito explorações dinamarquesas inicialmente negativas a PCV2 por PCR quantitativa. Apenas uma destas permanecia PCV2 negativa e foi incluída neste estudo.
A exploração era de porcos de engorda subclinicamente infectados com PCV2, mas vacinados contra PCV2 para melhorar o rendimento. Foi realizado um acompanhamento com amostras de sangue recolhidas a cada sete semanas durante um periodo de dois anos e foi observado que a exploração não se manteve negativa a PCV2 de maneira continua. A primeira vez que foi detectado PCV2, em Maio de 2010, a exploração tinha retirado a vacinação frente a PCV2 e, ao mesmo tempo, estava infectada com o vírus do Síndrome Reprodutivo e Respiratório Suíno (PRRVS). O estado de PCV2 negativo foi obtido na primeira amostra após a vacinação frente a PCV2. Quando a vacinação foi retirada de novo, em Setembro de 2011, a exploração deu positivo a PCV2 e desta vez continuou a ser positiva, apesar de se ter reintroduzida a vacinação.
A conclusão extraída do acompanhamento por um período de dois anos da exploração de engorda dinamarquesa supostamente livre de PCV2 desde o início foi que esta não esteve livre de PCV2 durante todo o período. Por esta razão, deve ter-se cuidado ao avaliar o efeito de PCV2 com base num só perfil sérico numa exploração. Os resultados indicaram que a vacinação frente a PCV2 pode reduzir o nível de infecção por PCV2, inclusive durante um surto agudo de PRRS, mas também mostraram que a vacinação não erradica o vírus da exploração. São necessários mais estudos para tirar conclusões gerais sobre esta questão.
Charlotte S Kristensen, Charlotte K Hjulsager and Lars E Larsen. A two-year follow-up study of the PCV2 status of a Danish pig herd that was initially assumed to be PCV2-free. Porcine Health Management 2015, 1:5 doi:10.1186/2055-5660-1-5