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As associações preferenciais são ligações entre indivíduos que aumentam a aptidão física, documentadas numa variedade de táxons. Apesar disso, a investigação sobre associações preferenciais continua sub-representada em espécies comerciais, particularmente em suínos. O objetivo deste estudo foi investigar o desenvolvimento de associações preferenciais numa exploração dinâmica de porcas. As associações preferenciais foram definidas como a aproximação a uma porca em repouso e, em seguida, sentar-se ou deitar-se com contacto físico com a porca selecionada, separada por < 1 m da cabeça ou diretamente ao lado dela, com interação tolerada durante > 60 s. Para identificação individual, cada porca foi marcada com pontos coloridos, riscas, ou ambos, correspondentes ao número da sua marca auricular. As associações preferenciais foram medidas ao longo de um ciclo de produção de 21 dias. As observações comportamentais tiveram lugar durante os 7 dias do estudo, com 3 h de comportamento registadas por dia durante as horas de maior atividade (08:00-09:00, 15:00-16:00, 20:00-21:00 h). Os comportamentos foram registados utilizando cinco câmaras, cada uma localizada no interior do barracão para cobrir áreas funcionais. As métricas de rede aplicadas incluíram a centralidade de grau de entrada (ligações recebidas), a centralidade de grau de saída (ligações iniciadas), a centralidade (o grau em que um indivíduo é central dentro da rede), o coeficiente de agrupamento (uma medida da força da ligação) e o índice E-I (uma medida da variedade por caraterística: parentesco, familiaridade e socialidade). Durante o estudo, foram adicionados e retirados indivíduos, pelo que as métricas de centralidade de porca em falta foram ponderadas. Para descrever a estrutura da rede, foram aplicadas tipologias de intermediação. As tipologias de intermediação incluem cinco posições: coordenadores, guardiões, representantes, consultores e contactos.
Os resultados revelaram uma discriminação social na seleção baseada na conetividade, mesmo quando as ligações não eram recíprocas, e as porcas com mais ligações tinham muito mais probabilidades de serem abordadas do que as porcas com menos ligações. As porcas mais ligadas tinham uma centralidade de grau interno e uma centralidade de grau externo significativamente mais elevadas. Com a aplicação de tipologias de intermediação, os resultados mostraram uma relação entre a conetividade e o tipo de intermediação, com as porcas com mais ligações a envolverem-se predominantemente em comportamentos de coordenação.
Os resultados sugerem que a motivação para a discriminação na rede de associação preferencial instável não se baseou em interacções bidireccionais. Estes resultados realçam a complexidade da formação de preferências sociais e fornecem uma plataforma para uma maior exploração das motivações para associações preferenciais entre porcos criados em regime intensivo.
Jowett SL, Barker ZE, Amory JR. Preferential associations in an unstable social network: applying social network analysis to a dynamic sow herd. Frontiers in Veterinary Science. 2023; 10. https://www.frontiersin.org/articles/10.3389/fvets.2023.1166632 DOI=10.3389/fvets.2023.1166632
