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Análise genómica da resposta de IgG a agentes patogênicos em porcas.

Os resultados sugerem que a selecção genética para a produção de anticorpos é possível, mas com um êxito variável.

11 Maio 2021
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As perdas provocadas por doenças infeciosas são um dos principais factores que afectam a productividade na indústria suína, o que motiva a investigação de quais as características genéticas que estão relacionadas com a resistência a doenças que permita depois selecionar animais com essas características. No entanto não é expectável que estas características se expressem nos núcleos genéticos, onde se realiza a selecção. Uma alternativa é utilizar informação de explorações comerciais para identificar e selecionar animais do núcleo geneticamente superiores para enfrentar os organismos patogénicos. Neste estudo foi analisada a base genética da resposta na produção de anticorpos (Ac) frente a agentes infeciosos presentes nas explorações comerciais, como possíveis indicadores da resiliência e resistência às infecções nomeadamente na produção de Ac frente ao vírus da Influenza A suína (IAV), Mycoplasma hyopneumoniae (MH), circovirus suíno (PCV2) e Actinobacillus pleuropneumoniae (APP; diferentes serotipos). A resposta de Ac foi medida no sangue na entrada da fase de recria depois da aclimatação (~40 dias depois da entrada na exploração comercial) e no 1º e 2º parto.

As estimativas da heritabilidade para a resposta de Ac frente a IAV, MH e PCV2 variaram entre o e 0,76. A resposta de Ac frente a APP variou de 0 a 0,40. A correlação genética (rG) da resposta de Ac frente a IAV com MH, PCV2, PRRS e APPmédia (respostas de Ac médios para todos os serotipos de APP) foram positivas (>0,29) na entrada. APPmédia correlacionou-se negativamente com o PCV2 e MH na entrada e ao 2º parto, mas tem uma correlação positiva com MH depois da aclimatação e 1º parto. Foram identificadas regiões genómicas associadas à resposta de Ac a diferentes serotipos de APP em 13 cromossomas. A região do cromossoma 14 (2Mb) foi associada a vários serotipos de APP, o que explica até 4,3% da variância genética de Ac a APP7 na entrada. No geral a predição genómica para a resposta de Ac foi de baixa a moderada, excepto na resposta de Ac médio para todos os agentes patogénicos avaliados.

Estes resultados sugerem que a selecção genética da resposta de Ac em porcas é possível, mas com um êxito variável segundo a característica e o momento de recolha da informação. É necessária mais informação para determinar as correlações genéticas da resposta com Ac à resistência doenças, rendimento produtivo e outras características de produção.

Sanglard LP, PigGen Canada, Mote BE, Willson P, Harding JCS, Plastow GS, Dekkers JCM, Serão NVL. Genomic Analysis of IgG Antibody Response to Common Pathogens in Commercial Sows in Health-Challenged Herds. Frontiers in Genetics. 2020; 11: 1276. https://doi.org/10.3389/fgene.2020.593804

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