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Avaliação da transmissão do vírus da Diarreia Epidémica Suína e a resposta imunitária em porcos em crescimento

A re-exposição ao vírus homólogo 49 dias após a exposição inicial à DESv não deu lugar a uma re-infecção dos porcos. Este facto manifesta a possibilidade de se produzir uma vacina eficaz contra a DESv.

19 Maio 2015
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A doença clínica associada à infecção pelo vírus da Diarreia Epidémica Suína (DESv) em porcos não expostos está bem documentada; contudo, a informação relativa à infecção endémica por DEPv é limitada. Para caracterizar a infecção crónica por DESv, determinou-se a duração da eliminação do vírus infeccioso e o desenvolvimento de imunidade protectora.

No dia 0 (D0), um porco em crescimento foi exposto ao DESv e, posteriormente, misturou-se com 13 porcos de contacto. No D7, 9 porcos de contacto (grupo de vírus principal (GP)), foram seleccionados, transferidos para um parque à parte e misturados com um porco sentinela (C1). Este processo repitiu-se semanalmente com C2, C3 e C4. O GP foi positivo ao DESv mediante PCR a partir do D3-11, com alguns porcos positivos em intervalos até ao D42. Os porcos C1 e C2 foram positivos ao DESv dentro das 24 horas apís serem misturaros. Detectaram-se anticorpos em todo o GP ao D21 e 7 dias pós-contacto em C1 e C2. Os porcos C3 e C4 foram negativos em PCR e anticorpos após serem misturaros. Para avaliar a imunidade protectora, 5 porcos não expostos (N) e o GP foram expostos (N/E, GP/E) a um vírus homólogo no D49. Todos os porcos N/E foram PCR-positivos ao DESv ao D52, com detecção de anticorpos ao D62 em 3 dos 5 porcos N/E. Todos os porcos GP/E foram PCR-negativos ao DESv após a exposição. No D63, todos os porcos N/E seroconverteram. Ainda que o ARN do DESv se tenha manifestado nos porcos após a infecção primária até ao D42, o DESv infeccioso com capacidade de transmissão horizontal a porcos não expostos previamente só se eliminou ao fim de 14-16 dias após a infecção em porcos da mesma idade.

A re-exposição ao vírus homólogo 49 dias após a exposição inicial à DESv não deu lugar a uma re-infecção dos porcos. Este facto manifesta a possibilidade de se produzir uma vacina eficaz contra a DESv.

Kimberly Crawford, Kelly Lager, Laura Miller, Tanja Opriessnig, Priscilla Gerber and Richard Hesse. Evaluation of porcine epidemic diarrhea virus transmission and the immune response in growing pigs. Veterinary Research 2015, 46:49 doi:10.1186/s13567-015-0180-5

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