A lavagem e desinfecção adequadas de camiões de transporte de suínos é um passo importante na manutenção da biossegurança.
Este estudo analisou a viabilidade de utilizar a bioluminescência do trifosfato de adenosina (ATP) como uma ferramenta para avaliação rápida e eficaz da limpeza de reboques.
Foram recolhidos esfregaços de reboques secos recém-lavados com esfregaço de ATP numa área de 10 cm x 10 cm e o nível de contaminação microbiana foi analisado por meio de um medidor de bioluminescência de ATP. Os resultados obtidos a partir dos testes de ATP foram comparados com as amostras recolhidas utilizando técnicas microbiológicas padrão com placas de contacto de ágar MacConkey e R2A (diâmetro Ø = 60 mm).
De um total de mais de 500 amostras recolhidas de 16 reboques de transporte comerciais de porcos de Saskatchewan, foi encontrada uma correlação significativa (r = 0.206; p = 0.001) entre o método de bioluminiscência de ATP e a técnica microbiológica standart utilizando placas de agar R2A.
Foi observada uma menor correlação (r = 0.154; p = 0.002) entre o método de ATP e as contagens de placa de agar MacConkey. Ao contrário do R2A, que detecta um grupo maior de bactérias, o agar MacConkey apenas admite o crescimento de bactérias gram-negativas seleccionadas, enquanto que a bioluminiscência do ATP detecta o ATP de fontes microbianas e orgânicas. Avaliando a aficiência do protocolo de limpeza do reboque de transporte de porcos utilizando o método de bioluminiscência ATP, foram estabelecidos os seguintes valores limites: leituras abaixo de 430 RLU por 100 cm2 como 'Apto' e de mais de 850 RLU por 100 cm2 como 'Não apto' ou com um elevado risco de propagação de doenças.
Com estes critérios de avaliação, o método de bioluminiscência de ATP pode ser utilizado como uma ferramenta complementar para monitorizar a limpeza da superfície dos reboques de transporte de maneira rápida, simples, económica e confiável.
B.Z. Predicala, A.C. Alvarado, and J. Cabahug. ATP Bioluminescence a Means for Assessing Trailer Cleanliness. Prairie Swine Centre Annual Research Report 2015-16: 12-14