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Castração de porcos: Conseguirá a UE proibir a castração em 2018?

Este estudo fornece informação descritiva sobre a prática da castração dos leitões em 24 países europeus.

29 Janeiro 2017
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Antecedentes



Em 2010 foi acordada a «Declaração europeia sobre alternativas à castração cirúrgica de porcos». A Declaração estipula que a partir de 1 de Janeiro de 2012, a castração cirúrgica dos porcos apenas será realizada com analgesia prolongada e/ou anestesia e, a partir de 2018, a castração cirúrgica dos porcos deverá ser eliminada por completo.

A Federação de Veterinários da Europa e a Comissão Europeia realizou um inquérito on-line através de SurveyMonkey © para investigar os avanços realizados em diferentes países europeus. Este estudo fornece informação descritiva sobre a prática da castração dos leitões em 24 países europeus. Também dá uma visão geral da literatura publicada sobre a viabilidade e eficiência das alternativas à castração cirúgica sem anestesia/analgesia.

Resultados



Foram recebidas 40 respostas de 24 países. À parte da Irlanda, Portugal, Espanha e Reino Unido, que historicamente produziram machos inteiros, 18 países castraram 80% ou mais da sua população de porcos machos. Em geral, em 5% dos porcos machos castrados cirurgicamente nos 24 países europeus inquiridos, a castração é realizada com anestesia e analgesia e 41% apenas com analgesia. Meloxicam, ketoprofen e flunixin foram os fármacos mais frequentemente utilizados para a analgesia. A procaína foi o anestésico local mais frequente. O sedativo azaperona foi mencionado com frequência ainda que não tenha propriedades analgésicas. Metade dos países inquiridos responderam que o método de anestesia/analgesia aplicado não é praticável nem eficaz. No entanto, os países que têm experiência no uso de anestesia e analgesia pós-operatórios, como a Noruega, a Suécia, a Suíça e a Holanda acham este método prático e eficaz. A percentagem média estimada de porcos imunocastrados nos países inquiridos foi de 2,7% (mediana = 0,2%), sendo a Bélgica o estado que apresentou a maior percentagem estimada de porcos imunocastrados (18%).

Conclusão



O estudo conclui que os objectivos a alcançar de 1 de Janeiro de 2012 e de 2018 estão longe de ser cumpridos e as opiniões sobre o bem-estar animal e a viabilidade das alternativas à castração cirúrgica sem analgesia/anestesia e à castração cirúrgica são muito divergentes. Ainda que, os países que usam analgesia/anestesia de forma rotineira achem este método prático e eficiente, apenas poucos países parecem aspirar a cumprir o o prazo para eliminar completamente a castração cirúrgica.

Nancy De Briyne, Charlotte Berg, Thomas Blaha and Déborah Temple. Pig castration: will the EU manage to ban pig castration by 2018? Porcine Health Management 20162:29. DOI: 10.1186/s40813-016-0046-x

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