Estudou-se o comportamento de três antibióticos (bacitracina, clortetraciclina e tilosina) bem como o de dois tipos de genes de resistência a antibióticos (ARGS) tet e erm em efluentes suinícolas em condições anaeróbias.
As taxas de decomposição de primeira ordem determinaram-se para cada antibiótico com vidas médias que foram de 1 dia (clortetraciclina) aos 10 dias (tilosina). Os ARGs foram controlados nos efluentes e observaram-se perdas de aproximadamente 1 a 3 ordens de magnitude na abundância relativa durante o período de armazenamento de 40 dias. Observaram-se perfis de degradação de primeira ordem para a clortetraciclina e para os seus genes de resistência correspondentes, tet (X) e tet (Q). A tilosina degradou-se até, aproximadamente, os 10% da concentração de partida no dia 40. Contudo, a abundância relativa de erm (B) manteve-se em 50-60% da abundância relativa inicial enquanto que a abundância relativa de erm (F) diminuiu em 80-90%, de forma consistente com a tilosina.
Estes resultados indicam que os genes de resistência a tet respondem principalmente à clortetraciclina, e podem-se perder quando o composto de tetraciclina matriz se degrada. Pelo contrário, o gene de resistência erm (B) pode responder a uma variedade de antimicrobianos no esterco e pode persistir apesar das perdas de tilosina.
Joy SR, Li X, Snow DD, Gilley JE, Woodbury B, Bartelt-Hunt SL. Fate of antimicrobials and antimicrobial resistance genes in simulated swine manure storage. Sci Total Environ. 2014 Feb 27;481C:69-74. doi: 10.1016/j.scitotenv.2014.02.027.