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Com base nas investigações de múltiplos surtos de Diarreia Epidémica Suína (DES) foi formulada a hipótese de que o vírus poderia ser transmitido através de rações contaminadas ou superfícies contaminadas, é por isso que o presente estudo investigou a cinética de inactivação do DES em diferentes ambientes.
O objectivo foi avaliar a sobrevivência do DESv em 9 ingredientes para rações quando se expõem a 60, 70, 80 e 90°C, assim como a sobrevivência em quatro superfícies diferentes (aço galvanizado, aço inoxidável, alumínio e plástico).
Em geral, não houve diferenças na sobrevivência do vírus entre os diferentes alimentos estudados quando se processaram termicamente a 60-90 °C durante 5, 10, 15 ou 30 min. No entanto, o tempo necessário para conseguir uma redução de um logaritmo na concentração do vírus foi menor quando os ingredientes estiveram expostos a temperaturas de 70 °C (3,7 min), 80 °C (2,4 min) e 90 °C (2,3 min) em comparação com 60 °C (4,4 min). O nível máximo de inactivação (3,9 log) foi conseguido ao aquecer todos os ingredientes a 90 °C durante 30 min. Não houve diferenças na quantidade de tempo necessária para causar uma redução a um logaritmo na concentração de DESv entre as diferentes superficies.
Os resultados deste estudo mostraram que a sobrevivência do DESv entre os 9 ingredientes para rações avaliados não foi diferente quando se expõem a tratamentos térmicos até 30 minutos. No entanto, diferentes combinações de temperatura e tempo deram como resultado conseguir uma redução logarítmica de 3 a 4 de DESv em todos os ingredientes para rações avaliados. Finalmente, a sobrevivência do DESv foi similar em aço galvanizado, aço inoxidável, alumínio e plástico.
Michaela P. Trudeau, Harsha Verma, Pedro E. Urriola, Fernando Sampedro, Gerald C. Shurson and Sagar M. Goyal. Survival of porcine epidemic diarrhea virus (PEDV) in thermally treated feed ingredients and on surfaces. Porcine Health Management20173:17. https://doi.org/10.1186/s40813-017-0064-3
