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Detecção de um novo vírus ssDNA circular nas fezes suínas na Coreia

Trata-se da primeira detecção de PoSCV na Coreia, o que faz pensar na possibilidade deste vírus ser prevalente nas explorações suínas.

5 Janeiro 2014
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Os vírus ssDNA circulares podem infectar uma ampla gama de hóspedes como chimpanzés, bovinos, morcegos e porcos e também podem ser transmitidos aos humanos de forma indirecta ou directa. Apesar partilharem características comuns quanto à organização do genoma ou estruturas, as suas sequências podem ser variáveis, mostrando diferentes padrões filogenéticos. Recentemente, foi isolado um novo vírus ssDNA circular nas fezes de bovino na Coreia e posteriormente foi identificado PigSCV e PoSCV na Alemanha e Nova Zelândia, respectivamente. Foi evidênciada, por conseguinte, a possibilidade da presença de um novo vírus ssDNA circular nas fezes suínas na Coreia, sendo por isso que, pela primeira vez, foram recolhidas amostras de fezes suínas de um grande número de explorações coreanas para a detecção de PoSCV.

As amostras, procedentes de um total de 233 porcos, foram recolhidas durante um periodo de seis meses a partir de Julho de 2012 até Dezembro de 2012. As amostras procediam de animais de diferentes idades e foram recolhidas em diferentes épocas do ano e diversas regiões. As amostras de ADN extraídas das amostras de fezes foram analisadas por PCR aninhada.

Os resultados indicaram a presença do ácido nucleico de PoSCV nas amostras de fezes suínas. A taxa de detecção total foi por volta de 62% (144/233). Não foram encontradas diferenças significativas na prevalência do PoSCV entre os grupos de idade e regiões. No entanto, as taxas de detecção de Novembro e Dezembro foram aproximadamente 2 vezes mais baixas que as de Julho e Agosto.

Trata-se da primeira detecção de PoSCV na Coreia, o que faz pensar na possibilidade deste vírus ser prevalente nas explorações suínas. Os resultados mostraram que, se bem que nem a idade nem a zona sejam de importância na aparição de PoSCV, existe uma associação entre a aparição do vírus e a época do ano. Do estudo depreende-se também que a PCR aninhada podera ser considerado como um método fiável para a identificação de PoSCV mediante a melhoria da sensibilidade. Sugere-se a realização de mais estudos sobre a sequenciação completa das amostras positivas e a análise filogenética das sequências destas e outras estirpes detectadas em todo o mundo.

Hee C. Chung, A R. Kim, Eun O. Kim, Hye K. Kim, Van G. Nguyen, Min K. Choi, Hye J. Yang, Jung A. Kim, Bong K. Park. The 6th Asian Pig Veterinary Society Congress. 2013. OR52

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