A Yersinia enterocolitica, a Y. pseudotuberculosis e a Y. pestis são agentes patogénicos de grande importância médica e são responsáveis por um número considerável de infecções por ano. A detecção destas espécies continua a depender de métodos de cultivo lentos e trabalhosos, frequentemente limitados pela presença de flora acompanhante.
Neste estudo foi utilizada a hibridação fluorescente in situ (FISH) para desenvolver uma alternativa rápida, sensível e fiável que detecte bactérias viáveis nos alimentos.
Para este propósito, foram utilizadas sondas altamente específicas dirigidas para o ARN ribossómico 16S e 23S para detectar de maneira diferenciada cada uma das três espécies. Com a finalidade de permitir a diferenciação de polimorfismos de nucleótido único (SNPs), foram utilizados oligonucleótidos competidores adequados e ácidos nucleicos bloqueados (LNAs). As células afectadas mostraram sinal forte e contagem viável directa (DVC) combinado com FISH optimizou a discriminação entre células vivas/mortas. A sensibilidade do teste FISH foi alta e até conseguiu detectar uma célula por grama de carne picada de porco num dia, o que demonstra a sua utilidade para identificar os perigos transmitidos pelos alimentos numa etapa precoce.
Em conclusão, os testes FISH realizados resultaram ser ferramentas prometedoras para compensar os inconvenientes existentes na detecção convencional com métodos de cultivo destes importantes agentes zoonóticos.
Alexander Rohde, Jens Andre Hammerl, Bernd Appel, Ralf Dieckmann, Sascha Al Dahouk. Differential detection of pathogenic Yersinia spp. by fluorescence in situ hybridization. Food Microbiology, Volume 62, April 2017, Pages 39–45.
http://doi.org/10.1016/j.fm.2016.09.013