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Efeito da mistura de animais como factor de stress oxidativo e autofagia

La vigilancia de la evolución de los principales biomarcadores de la autofagia y la defensa antioxidante del músculo en las primeras 24 h postmortem puede ayudar a detectar el estrés de los animales y su potencial efecto sobre el metabolismo muscular postmortem.

2 Fevereiro 2016
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O objectivo deste trabalho foi estudar a evolução postmortem dos biomarcadores potenciais de autofagia (Beclin 1, taxa LC3-II/LC3-I) e o stress oxidativo (actividade antioxidante total (AAT), actividade superóxido dismutase (SOD) e actividade catalase (CAT)) no músculo Longissimus dorsi de porcos inteiros ((Large White×Landrace)×Duroc) sujeitos a diferentes tratamentos de maneio que podem promover o stress, como a mistura de animais desconhecidos na exploração e/ou durante o transporte e estabulação antes do abate.

Na exploração, cinco animais nunca foram misturados após a formação inicial dos grupos experimentais (grupo não misturado na exploração, NMG), enquanto 10 animais foram misturados com animais que não conheciam (grupo misturado na exploração, MG). Além disso, foram utilizados dois tratamentos diferentes durante o transporte e estabulação antes do abate: 10 porcos não foram misturados (grupo não misturado durante o transporte e estabulação, NMTE), enquanto cinco porcos foram misturados com animais que não conheciam no camião e durante a estabulação (grupo misturado durante o transporte e estabulação, MTE). Estes tratamentos de mistura combinaram-se em três tratamentos antes do abate - chamados, NMG-NMTE, MG-NMTE e MG-MTE.

Os resultados mostram que MG-NMTE e MG-MTE aumentaram significativamente a defesa antioxidante do músculo (AAT, SOD e CAT) em periodos curtos postmortem (4 e 8 h), seguidos por uma diminuição precoce da actividade antioxidante às 24 h postmortem. Também foi observado que misturar animais que não se conhecem, tanto na exploração como durante o transporte e estabulação, desencadeia autofagia postmortem do músculo, mostrando uma activação precoce (maior expressão de Beclin 1 e a taxa LC3-II/LC3-I às 4 h postmortem seguida de um padrão decrescente desta taxa nas primeiras 24 h postmortem) no tecido muscular dos animais dos grupos MG-NMTE e MG-MTE, como estratégia adaptativa das células musculares para contrabalançar o stress induzido.

A partir destes resultados, propõe-se que a vigilância da evolução dos principais biomarcadores da autofagia (Beclin 1, taxa LC3-II/LC3-I) e a defesa antioxidante do músculo (AAT, SOD, CAT) no tecido muscular nas primeiras 24 h postmortem pode ajudar a detectar o stress dos animais e o seu potencial efeito sobre o metabolismo muscular postmortem.

A. Rubio-González, Y. Potes, D. Illán-Rodríguez, I. Vega-Naredo, V. Sierra, B. Caballero, E. Fàbrega, A. Velarde, A. Dalmau, M. Oliván and A. Coto-Montes. Effect of animal mixing as a stressor on biomarkers of autophagy and oxidative stress during pig muscle maturation. Animal/Volume 9/Issue 07/July 2015, pp 1188-1194.
Doi:10.1017/S1751731115000518

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