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Extractos de algas (Laminaria digitata) com laminarina e fucoidanos: qualidade e conservação da carne fresca de porco

Capacidade antioxidante dos extractos de algas sobre a carne de porco mediante a sua incorporação na ração.

17 Janeiro 2013
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As algas castanhas (Laminaria digitata) são ricas em polisacarídeos (fibra dietária solúvel) entre os mais abundantes estão a laminarina, os fucoidanos e o ácido algínico. Especificamente está descrito que a laminarina e os fucoidanos possuem propriedades anti-oxidantes, anti-tumorais, anti-virais e anti-bacterianas. O objectivo do presente estudo foi o de avaliar o efeito da suplementação do alimento para porcos em crescimento com extractos de algas contendo laminarina e fucoidanos (L/F) extraídos de L. digitata no potencial antioxidante do plasma, pH do músculo, cor, oxidação lipídica e microbiologia das bifanas do músculo Longissimus dorsi (LD) embalados em atmosfera modificada (AM) a 4ºC. Além destes parâmetros foi avaliado a influência na oxidação lipídica induzida por ferro no fígado, coração, rim e pulmões.

Vinte e quatro porcos (Large White x Landrace; 12 machos e 12 fêmeas) com um PV aproximado de 14,51 kg foram distribuídos aleatoriamente a de três tratamentos (n=8) com um desenho experimental completamente aleatório. O grupo CON foi alimentado com uma dieta basal. O grupo L/F-SD foi alimentado coma mesma dieta basal suplementada mediante a pulverização com extracto de algas com laminarina e fucoidanos com uma taxa de inclusão de 5,37kg/ton de alimento. O grupo L/F-WS foi alimentado com a dieta basal com a adição de 26,3 kg/ton de alimento de extracto húmido de algas. Os níveis de inclusão foram distintos para igualar a concentração de laminarina (500 mg/kg ração) e fucoidanos (420 mg/kg na ração).

A suplementação com L/F não aumentou o potencial antioxidante total do plasma. A inclusão de L/F não influenciou o pH do músculo, cor superficial (CIE ‘L*’ luminosidade e valores ‘a*’ vermelho e ‘b*’ amarelo) nem a microbiologia (contagens de psicrotróficos e mesófilos) das bifanas de LD armazenados em atmosfera modificada (80% O2:20% CO2) e conservados a 4ºC até 15 dias. De uma forma geral os níveis de oxidação lipídica (TBARS, mg MDA (malondialdeído)/kg carne) seguiram a seguinte ordem: CON>LF-SD>L/F-WS. Foi observada uma redução estatisticamente significativa (P<0,05) na oxidação lipídica das bifanas LD de 75% dos animais (n=6) alimentados com L/F-WS (de 0,13 a 0,91 mg MDA/kg porco) por comparação com o grupo CON (de 0,19 a 1,70 mg MDA/kg porco). A oxidação lipídica induzida pelo ferro aumentou no fígado (3,20±1,43 mg MDA/kg), coração (3,26±0,26 mg MDA/kg), rim (3,06±1,01 mg MDA/kg) e pulmão (2,99±0,93 mg MDA/kg) no grupo controle depois de 24 h de armazenagem enquanto que com a dieta L/F-WS reduziu os níveis em maior medida no fígado(1,46±1,36 mg MDA/kg).

Os resultados demonstram o potencial beneficio da inclusão de substâncias anti-oxidantes extraídos de algas na dieta dos suínos.

NC Moroney, MN O'Grady, JV O'Doherty, JP Kerry. 2012. Addition of seaweed (Laminaria digitata) extracts containing laminarin and fucoidan to porcine diets: Influence on the quality and shelf-life of fresh pork. Meat Science, 92(4): 423 - 429. http://dx.doi.org/10.1016/j.meatsci.2012.05.005

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