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O objectivo do estudo foi investigar se o perfil de ácidos gordos (AG), a estabilidade oxidativa dos lípidos e outras características de qualidade da carne diferem entre leitões de alto peso (AP: 1.8 a 2.2 kg) e baixo peso (BP: 0,8 a 1,2 kg) ao nascimento. Foram criados quarenta porcos machos recém-nascidos (n=20 AP, n=20 BP) em parques separados até ao período de acabamento e abateram-se aos 150 dias de idade. Depois do abate midiram-se o pH e a temperatura na carcaça. De seguida extraiu-se o músculo Longissimus dorsi da carcaça e recolheram-se amostras para uma análise posterior da qualidade da carne (perda de água na descongelação e na cocção, resistência ao corte, análise química e análise sensorial à tenrura).
O peso ao nascimento teve um efeito mínimo nas características de qualidade da carne, que se limitou a uma maior resistência ao corte no grupo de BP (P<0,01). Os componentes químicos (humidade, proteína, gordura, cinzas), os níveis de colesterol e a oxidação dos lípidos (substâncias reactivas ao ácido tiobarbitúrico) não se viram afectados pelo peso ao nascimento dos porcos (P>0,05). O perfil e a quantidade de AG saturados, monoinsaturados e poliinsaturados foram similares, mas os porcos com AP tiveram maior índice aterogénico que os de BP (P<0,01). Apesar de que os porcos com BP ao nascimento apresentaram maior resistência ao corte, na prova sensorial, os membros do painel não detectaram diferenças na tenrura da carne de porcos com AP e BP.
Portanto, os resultados sugerem que um BP ao nascimento tem um efeito mínimo na qualidade da carne.
A.L.N. Alvarenga, R.V. Sousa, G.G. Parreira, H. Chiarini-Garcia and F.R.C.L. Almeida. Fatty acid profile, oxidative stability of pork lipids and meat quality indicators are not affected by birth weight. animal / Volume 8 / Issue 04 / April 2014, pp 660-666. http://dx.doi.org/10.1017/S1751731114000093
