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Eficácia e viabilidade das estratégias de controlo da Peste Suína Africana

O presente estudo identificou as estratégias de vigilância e intervenção para a PSA que se entendem como as mais eficientes para proporcionar a melhor combinação entre eficiência e prática.

22 Março 2017
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Com base na opinião de um total de 56 peritos em PSA, o presente estudo identificou as estratégias de vigilância e intervenção para a PSA que se entendem como as mais eficientes para proporcionar a melhor combinação entre eficiência e prática.

Entre as 20 estratégias de vigilância identificadas, a vigilância passiva dos javalis e a vigilância sindrómica da mortalidade dos porcos foram consideradas as estratégias de vigilância mais eficazes para controlar a propagação do vírus da PSA. Na Letónia, 96,9% (31 de 32) das explorações suínas infectadas foram detectadas através de vigilância passiva, enquanto que 2,1% foi detectada a través de vigilância activa (Oļševskis y otros, 2016). A vigilância da doença em javalis foi considerada uma estratégia muito importante já que estes foram os primeiros casos de PSA notificados nos países afectados da UE (Estónia, Letónia, Lituânia e Polónia) (Gavier-Widén e outros, 2015). Do mesmo modo, 71,4% (175 de 245) dos corpos de javalis foram notificados como positivos para PSA na Letónia, contra 1,5% (41 de 2.765) dos javalis caçados (Oļševskis e outros, 2016).

Entre as 22 estratégias de intervenção identificadas, o abate de todas as explorações infectadas e a proibição de movimentos para as explorações vizinhas são consideradas as estratégias de intervenção mais eficazes. A contenção de porcos, a proibição de alimentar os animais com restos de comida e as restrições de entrada para os visitantes das explorações também são consideradas estratégias de intervenção óptimas, provavelmente porque representam algumas das principais causas de surtos nas explorações de porcos. Por exemplo, 42,9% (12 de 28) e 57,1% (16 de 28) dos surtos primários na Letónia estão relacionados com o contacto com javalis e alimentação com sobras, respectivamente, enquanto que 100,0% (4 de 4) dos surtos secundários foram relacionados com a entrada de visitantes que tinham tido contacto prévio com as explorações infectadas (Oļševskis e outros 2016). As medidas de biossegurança dentro e na entrada das explorações, como a limpeza a fundo e desinfecção das instalações, veículos de transporte e equipamento do pessoal, assim como as normas sanitárias e de segurança das explorações foram consideradas óptimas, ainda que o seu papel na introdução do vírus da PSA continua a ser difícil de quantificar.

A vigilância activa e a eliminação dos cadáveres de javalis foram classificadas como as estratégias de vigilância e intervenção mais eficazes, mas também as menos prácticas, o que sugere que são necessárias mais investigações para desenvolver métodos mais eficazes para controlar a PSA nas populações de javalis.

C. Guinat, T. Vergne, C. Jurado-Diaz, J. M. Sánchez-Vizcaíno, L. Dixon, D. U. Pfeiffer. Effectiveness and practicality of control strategies for African swine fever: what do we really know? Veterinary Record. Volume 180, Issue 4.

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