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Efeito da ervilha sobre crescimento,qualidade e composição da carcaça e palatabilidade da carne de porco

A ervilha não afecta negativamente o crescimento do porco nem a composição da carcaça mas pode afectar a qualidade da carne.

10 Janeiro 2013
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Durante o processamento das ervilhas para consumo humano, é frequente obter ervilhas de baixa qualidade em quantidade apreciável como sub-produto. O objectivo deste trabalho foi o de estudar se a inclusão de ervilhas na alimentação de porcos de acabamento afectava negativamente o crescimento dos animais, a composição da carcaça e a palatibilidade da carne. Um total de 24 machos castrados (PV inicial:58,0 ± 6,6 kg) distribuídos por um de quatro tratamentos foram alimentados com uma ração de crescimento durante 35 dias e com uma ração de acabamento durante mais 35 dias. Para cada fase foi formulado um alimento controle com base em milho e bagaço de soja e 3 alimentos com ervilha. A ervilha substituiu o bagaço de soja em 33,3%, 66,6% ou 100% do alimento controle. Os animais foram alojados individualmente e todos eles foram abatidos no final do teste.

Em conjunto não houve diferenças no (P>0,11) peso vivo final, CMD e IC entre tratamentos experimentais, mas foi observada uma resposta quadrática do GMD (P=0,04) sendo o menor valor obtido nos porcos alimentados com o alimento controle (0,991 kg) e sendo os tratamentos 33,3% e 66,6% de os que apresentaram maiores valores (1,078 e 1,047) respectivamente. O rendimento da carcaça diminuiu linearmente (P=0,04) com a maior percentagem de inclusão de ervilha, mas não houve diferenças (P>0,20) entre tratamentos no peso de carcaça , área do longissimus (LM), espessura da gordura dorsal na décima costela, percentagem de músculo e gordura infiltrada. Da mesma forma o pH do lombo e do presunto e as perdas por exsudação não foram influenciadas (P>0,13) pelo tratamento. No entanto houve uma resposta quadrática (P=0,08) na determinação do pH 24 na pá, com o menor valor obtido na dieta 66,6% ervilha. A cor subjectiva e a pontuação japonesa standard foram reduzidas (quadrática, P=0,03 e 0,05 respectivamente) e o valor b* do LM e o tom foram incrementados (quadrática, P=0,09 e 0,10 respectivamente) quando a ervilha substituía o bagaço de soja dos alimentos. Os valores de L* (quadrática , P=0,04), a* (linear, P=0,02), b* (quadrática, P=0,07), saturação de côr (linear, P=0,02) e ton (quadrática, P=0,05) foram aumentados ao substituir o bagaço de soja por ervilha. No entanto não foram detectadas diferenças (P>0,16) na cor da pá nem da gordura. também a percentagem de perdas por cozedura, a resistência ao corte, a suculência e o aroma das costeletas não foram diferentes (P>0,10) entre tratamentos, mas a tenrura das costeletas diminuiu linearmente (P=0,04).

Pode-se concluir que a ervilha pode substituir o bagaço de soja nos alimentos para acabamento de porcos sem afectar negativamente o crescimento nem a composição da carcaça. No entanto os porcos alimentados com este subproduto apresentam costeletas e presuntos com menos peso e as costeletas são menos tenras.

DJ Newman, EK Harris, AN Lepper, EP Berg, HH Stein. 2011. Effects of pea chips on pig performance, carcass quality and composition, and palatability of pork. Journal of Animal Science, 89(10):3132-3139.

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