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Estabilidade do vírus da Peste Suína Africana em culturas tratadas termicamente

Foram analisados os efeitos da secagem e tratamento térmico sobre a inactivação do PSAv em seis tipos diferentes de culturas: trigo, cevada, centeio, triticale, milho e ervilhaca, contaminados com sangue infectado.

29 Dezembro 2020
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A Peste Suína Africana (PSA) é uma doença infecciosa dos suínos e representa uma grande ameaça à saúde animal e à indústria suína em todo o mundo. O vírus PSA (PSAv) é transmitido de forma eficiente através do sangue e da carne de animais infectados e pode ser muito estável no meio ambiente. Portanto, existe uma grande preocupação com o possível papel na transmissão do PSAv a partir de matérias-primas contaminadas usadas como cama ou ração. Em especial, cultivos e produtos derivados de áreas com PSA em javalis e, portanto, com alta contaminação ambiental por PSAv podendo apresentar risco de introdução do vírus em explorações de suínos domésticos. Não obstante, sabe-se pouco sobre a estabilidade do PSAv em culturas contaminadas e os possíveis métodos de inactivação.

Neste estudo, foram analisados os efeitos da secagem e tratamento térmico sobre a inactivação do PSAv em seis tipos diferentes de culturas: trigo, cevada, centeio, triticale, milho e ervilhaca, contaminados com sangue infectado.

As amostras foram analisadas para detectar a presença de ADN viral e vírus infeccioso após 2 horas de secagem a temperatura ambiente ou depois da secagem e 1 hora de exposição ao calor moderado, a uma temperatura específica entre 40°C e 75°C.

O genoma PSAv foi detectado em todas as amostras por reacção em cadeia da polimerase em tempo real (PCR), incluindo as amostras que foram secas por 2 horas e incubadas por 1 hora a 75 ° C. Por outro lado, não foi detectado nenhum vírus infeccioso após 2 horas de secagem, utilizando o isolamento do vírus em macrófagos suínos em combinação com a detecção de PSAv pelo teste de hemadsorção.

Em conclusão, o risco de transmissão de PSAv através de culturas contaminadas será provavelmente baixo, se elas secarem por pelo menos 2 horas em temperatura ambiente. No entanto, para minimizar o risco de transmissão tanto quanto possível, as cuturas de áreas afectadas pela PSA não devem ser usadas na alimentação de suínos.

Fischer M, Mohnke M, Probst C, Pikalo J, Conraths FJ, Beer M, Blome S. Stability of African swine fever virus on heat‐treated field crops. Transboundary and Emerging Diseases. 2020. https://doi.org/10.1111/tbed.13650

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