Foi realizado um estudo transversal de 125 explorações suinícolas francesas para determinar os factores a nível operacional associados às infecções pelos vírus europeus da gripe suína (SIV) H1N1 e H1N2. Para cada exploração foram recolhidas amostras de soro de 5 porcos de engorda que foram analisadas por inibição da hemaglutinação. Além disso, foram recolhidos dados sobre as características da exploração, biossegurança e maneio através de um questionário. Durante 20 horas, as condições climáticas nos currais também foram registradas após o desmame e engorda.
Para ambos os sub-tipos, as probabilidades de uma exploração ser seropositiva para SIV aumentou se existiam mais de duas explorações suínas nas proximidades (OR = 3,2, 95% intervalo de confiança (IC 95%): 1,4 a 7,6 e OR = 3,5, IC de 95%: 1,5 a 8,1 para o H1N1 e H1N2, respectivamente). Os outros factores foram associados específicamente com as infecções por H1N1 ou por H1N2. No caso de H1N1, a probabilidade que uma exploração fosse seropositiva foi significativamente superior quando havia um grande número de porcos por curral nas salas de pós-desmame (OR = 3,2, IC 95%: 1,2 a 8,6) quando os pontos de ajuste da temperatura se encontravam abaixo de 25°C (OR = 2,6, IC 95%: 1,1 a 6,4) e abaixo de 24°C (OR = 2,6, IC 95%: 1,1 a 6,1) para o aparelho de aquecimento na sala de partos e o controlador de ventilação, respectivamente. A transferência dos porcos para as instalações de engorda através de uma sala que albergava a porcos de maior idade também aumentou significativamente as probabilidades de ser H1N1 seropositivos (CI OR = 3.3, 95%: 1,1 a 9,6). No que respeita a H1N2, a seropositividade foi associada à permanencia durante um breve período na sala de partos (OR = 2,6, IC 95%: 1,1 a 6,3), à alta densidade de porcos nos currais pós-desmame (OR = 2,9, IC de 95%: 1,2 -7,0), salas de engorda de grande tamanho (OR = 2,5, IC 95%: 1,1 a 5,9), à falta de um maneio tudo dentro-tudo fora nas salas de engorda (OR = 2,4, IC de 95%: 1,0 a 5,8) e a um intervalo de temperatura de menos de 5°C no controlo de ventilação nas instalações de engorda (OR = 3,2, IC 95%: 1,4 a 7,4).
Segundo estes resultados, tanto os factores relacionados com a biossegurança externa e interna como o controlo das condições climáticas no interior devem ser considerados em conjunto quando forem aplicados programas para melhorar o controlo das infecções por SIV.
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Fablet C., Simon G., Dorenlor V., Eono F., Eveno E., Gorin S., Queguiner S., Madec F., Rose N. Factors associated with H1N1 or H1N2 influenza virus infections in fattening pigs: a study in 125 herds. 6th European Symposium of Porcine Health Management.