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Factores de risco a nível de exploração para presença de úlceras de estômago em porcos de engorda

O objectivo deste estudo foi identificar factores a nível de exploração associados a uma alta prevalência de úlceras gástricas em porcos de engorda.

4 Abril 2017
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O objectivo deste estudo foi identificar factores a nível de exploração associados a uma alta prevalência de úlceras gástricas em porcos de engorda. Com base nos resultados de estudos anteriores, foi decidido centrar-se no tipo de ração, doenças infecciosas, o uso de palha e o tipo de pavimento dos currais.

Foi passado um questionário a um total de 37 encarregados de explorações dinamarquesas. As explorações foram originalmente seleccionadas para um estudo sobre a mortalidade apresentando uma mortalidade muito baixa (21 explorações) ou muito alta (16 explorações). Os estômagos de 20 porcos por exploração foram examinados macroscopicamente ao abate e as alterações patológicas na parte esofágica do estômago foram pontuadas numa escala de 0 a 10 (pontuação 0: sem mudanças, pontuação 1-5: paraqueratose/erosão, pontuação 6 -10: úlcera/fibrose). Foi analisada a associação entre o risco de ter uma pontuação do estômago de 6-10 e os possíveis factores de risco a nível de exploração. Os factores explicativos foram: tipo de alimento (pellet/farinha), estado sanitário em relação à infecção com os serótipos 2 e 6 de Actinobacillus pleuropneumoniae (sim / não), vacinação contra o PCV2 (sim / no), acesso à palha em grelha ou no pavimento (sim / não) e tipo de pavimento do curral (percentagem de slat, analisado como uma variável contínua). Além disso, o nível de mortalidade (baixo / alto) foi incluido como um factor explicativo no modelo estatístico final.

A prevalência de estômagos com uma pontuação de 6 a 10 foi de 51% nas explorações com baixa mortalidade e de 62% nas explorações com alta mortalidade, mas as diferença não foi estatisticamente significativa. O uso de ração em forma de pellet (OR = 3,7), a vacinação contra o PCV2 (OR = 1,9) e a infecção por App 6 (OR = 1,6) foram associadas a um aumento do risco de pontuação de estômagos de 6-10 (p <0,05 ). Não foram encontrados efeitos da infecção com App 2, ou da palha ou tipo de pavimento.

O estudo confirmou o efeito negativo da alimentação com pellets. Os porcos vacinados com PCV2 tiveram um maior risco de ter úlceras de estômago, provavelmente porque é mais comum vacinar com PCV2 em explorações com problemas de úlcera estomacal. A associação entre a infecção com App 6 e as úlceras de estômago apoia os resultados de um estudo dinamarquês anterior no qual foi encontrada uma associação entre a pleuresia e as úlceras do estômago. Este estudo incluiu um número limitado de explorações e foram detectadas diferenças substanciais.

M. E. Busch, E. Okholm Nielsen. Herd level risk factors for stomach ulcers in finishing pigs. 24th International Pig Veterinary Society Congress.

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