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Impacto da imunidade maternal na resposta imunitária dos leitões contra PCV2

O objectivo deste estudo foi avaliar a protecção clínica, o nível de virémia por PCV2 e a resposta imunitária (anticorpos e células secretoras de IFN-γ) em leitões procedentes de porcas vacinadas contra o PCV2 e vacinados contra PCV2 às 4, 6 ou 8 semanas de vida.

27 Fevereiro 2017
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Foi realizado um estudo de grupo ao longo de 3 ciclos de produção. No início, um total de 46 porcas nulíparas foram vacinadas e foi-lhes recolhida uma amostra de sangue. No primeiro, segundo e terceiro parto, as porcas foram revacinadas e voltaram-se a recolher amostras de sangue durante a cobrição seguinte após o desmame. No total, 400 por parto (primeiro, segundo e terceiro) foram aleatoriamente distribuídos por três grupos diferentes (100 leitões/grupo) com base no momento da vacinação (4, 6 ou 8 semanas de idade). Um quarto grupo foi mantido como não vacinado (controlos). Os leitões foram vacinados intramuscularmente com uma dose (2 ml) de uma vacina comercial à base de uma sub-unidade de PCV2a. Foram recolhidas amostras de sangue de 20 animais por grupo ao desmame e desde a vacinação até ao abate a cada 4 semanas para a detecção de virémia contra PCV2 assim como a resposta imunitária humoral mediada por células. Foi anotada a presença de sinais clínicos e morbilidade, mortalidade e peso corporal de todos os leitões.

Resultados



Todos os esquemas de vacinação (4, 6 e 8 semanas de idade) foram capazes de induzir uma resposta de anticorpos e células secretoras de IFN-γ. A maior protecção clínica e virológica sustida pela reactividade imunitária foi observada nos porcos vacinados às 6 semanas de idade. Em geral, a vacinação repetida com PCV2 em porcas no momento da cobrição e nos seguintes níveis mais altos de anticorpos maternais não interferiram significativamente com a indução de imunidade tanto humoral como mediada por células nos seus leitões após a vacinação.

Conclusões



A combinação da vacinação em porcas na cobrição e a dos leitões às 6 semanas de idade mostrou a maior eficiência no controlo da infecção natural por PCV2 em comparação com outros protocolos vacinais, sustendo que poderá ser considerada alguma interferência dos anticorpos maternais com a indução de uma resposta imunitária eficiente. Em conclusão, a estratégia de vacinação óptima deve equilibrar os níveis de imunidade passiva, as práticas de maneio e o momento da infecção.

Paolo Martelli, Roberta Saleri, Giulia Ferrarini, Elena De Angelis, Valeria Cavalli, Michele Benetti, Luca Ferrari, Elena Canelli, Paolo Bonilauri, Elena Arioli, Antonio Caleffi, Heiko Nathues and Paolo Borghetti. Impact of maternally derived immunity on piglets’ immune response and protection against porcine circovirus type 2 (PCV2) after vaccination against PCV2 at different age. BMC Veterinary Research BMC series. DOI: 10.1186/s12917-016-0700-1.

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