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Inclusão de óleo de peixe protegido e seu efeito nas articulações

O óleo de peixe protegido pode prevenir as coxeiras nas porcas.

21 Maio 2015
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As coxeiras são um problema importante na indústria suína. As  lesões articulares são as principais razões para o refugo das porcas. A dor associada à coxeira pode afectar adversamente o rendimento reprodutivo. O óleo de peixe protegido de cadeia longa (APP) que inclui ácido araquidónico (ARA), ácido eicosapentaenoico (EPA) e ácido docosahexaenoico (DHA) pode regular a produção e a bioactividade de mediadores inflamatórios. O primeiro objectivo deste estudo foi caracterizar os efeitos do APP na dieta sobre a cartilagem, líquido sinovial, densidade óssea e a morfologia de porcas multíparas e de porcas jovens de genética similar. O segundo objectivo foi examinar os efeitos do APP sobre a resposta dos explantes de cartilagem na estimulação da IL-1 in vitro.

As porcas foram alimentadas com dieta controlo à base de  farinha de milho/soja (CON; n = 7) ou com dieta controlo suplementada com 1,0% de APP (n = 7). As porcas foram alimentadas durante 24,5 meses e foram abatidas aos 43 meses. As porcas jovens foram alimentadas com a dieta controlo (CON; n = 8) ou com dieta controlo suplementada  com APP(n = 8) desde o desmame até ao abate aos 111 kg. A dieta APP das porcas jovens foi formulada a um ratio de 10:1 n-6:n-3 a qual continha de 1,5 até 2,3% de APP e aumentou de acordo com a fase de crescimento. A cartilagem foi extraída de ambas as articulações humerocubitais de todos os animais no abate para a análise de ácidos gordos e as culturas de explantes. O líquido sinovial foi recolhido das articulações do carpo. Foram recolhidas amostras de osso e de cartilagem para análise através de tomografia computorizada (TC).

As tomografias computorizadas do rádio/cúbito de porcas jovens não revelaram diferenças de largura cortical nem de densidade óssea. As porcas alimentadas com APP tiveram maior largura cortical do cúbito proximal (P <0,05) e uma diminuição da largura cortical do rádio distal (P <0,05). As porcas alimentadas com APP tinham incrementado o DHA (P <0,01) e diminuido os ácidos gordos ómega-6 e ómega-3 (P <0.05) na cartilagem. As porcas jovens alimentadas com APP tinham aumentado o DHA (P <0,01), o C22: 1 (P <0,01) e o ácido docosapentaenoico (P <0,01)  houve uma tendência para uma maior concentração na cartilagem da EPA (P = 0,093). As alterações nos ácidos gordos da dieta não tiveram nenhum efeito in vitro.

Ainda que a dieta suplementada com APP tenha aumentado a incorporação em condrócitos de omega-3, a importância biológica não é clara já que as concentrações de ARA eram pelo menos 9 vezes superior aos EPA e DHA. Portanto, se os ácidos gordos omega-3 podem reduzir a inflamação nas articulações, o benefício será provavelmente o resultado de mudanças sistémicas nos mediadores inflamatórios ou maiores concentrações na dieta.

O'Connor-Robison, C.I., Spencer, J.D. and Orth, M.W. 2014. The impact of dietary long-chain polyunsaturated fatty acids on bone and cartilage in gilts and sows. Journal of animal Science, 92: 4607-4615. DOI: 10.2527/jas2013-7028

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