Para avaliar o efeito da betaína na dieta dos varrascos sobre as características do sémen e a sua qualidade após o armazenamento, foram usadas 3 concentrações de betaína: 0,0%, 0,63% e 1,26%.
O ensaio foi realizado durante os meses de Julho a Outubro de 2014 em Oklahoma. Os varrascos foram agrupados por idade dentro da linha genética e aleatoriamente distribuídos para receber 0% (CON, n (linha T) = 22, n (linha L) = 10), 0,63% (BET-0,63%, n (linha T) = 21 , n (linha L) = 6) ou 1,26% (BET-1,26%, n (linha T) = 23, n (linha L) = 7). As dietas com betaína foram fornecidas durante 10 semanas, para assegurar ingestões diárias do produto com betaína (96% de betaína) de 16,34g e 32,68 g, para as dietas BET-0,63% e BET-1,26%, respectivamente.
As concentrações séricas de homocisteína foram menores nos animais alimentados com betaína. A temperatura rectal dos varrascos não foi afectada pela dieta. A inclusão de betaína na dieta tendeu a aumentar o esperma total nos ejaculados em comparação com os dados dos animais controlo. A análise morfológica do esperma indicou que havia uma maior percentagem de espermatozóides com reflexo da peça intermédia distal e anormalidades na cauda nos varrascos alimentados com a BET-1,26% em comparação com os varrascos BET-0,63%. A concentração de betaína no plasma seminal foi maior nos varrascos com tratamentos de betaína, com 59,2% e 54,5% mais de concentrações nos varrascos BET-0,63% e BET-1,26% respectivamente em comparação com os varrascos do grupo de controlo.
Suplementar a dieta com betaína a níveis de 0,63% e 1,26% tendem a aumentar a concentração de espermatozóides no ejaculado em 6% e 13%, respectivamente, sem impactos negativos na qualidade do sémen quando o nível de inclusão na dieta é de 0,63%.
F.A. Cabezón, K.R. Stewart, A.P. Schinckel, W. Barnes, R.D. Boyd, P. Wilcock, J. Woodliff. Effect of natural betaine on estimates of semen quality in mature AI boars during summer heat stress. Animal Reproduction Science.Volume 170, July 2016, Pages 25–37.