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Indicadores de saúde em leitões e porcas alimentados com milho geneticamente modificado

Não há um efeito claro sobre os rendimentos da porca e os seus leitões devido à utilização de milho geneticamente modificado.

8 Agosto 2013
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O milho geneticamente modificado (GM) é projetado para expressar uma toxina, Bacillus thuringiensis, que lhe confere resistência à broca do milho europeu. Esta toxina interage com as células intestinais das larvas, altera o seu revestimento intestinal e finalmente leva à morte da larva. O objectivo deste estudo foi investigar os efeitos da alimentação com este milho sobre a saúde materna e da sua descendência. Para isso foram utilizados um total de 24 fêmeas e suas crias num estudo de 20 semanas. As porcas foram alimentadas com dietas que continham milho GM (modificado geneticamente) ou não GM desde a cobrição atá ao final da lactação. A espessura de gordura dorsal e peso corporal das porcas foi registada no momento da cobrição, 56 e 110 dias de gestação e ao desmame. O peso individual (PV) dos leitões de todas as ninhadas foi registado ao nascer e ao desmame e o ganho médio diário (GMD) foi calculado durante a lactação. Ao parto, o quarto leitão nascido vivo de cada ninhada (doze por tratamento) foi sacrificado através de bala cativa e sangrado. Foram recolhidas amostras de sangue para hematologia e análise bioquímica. Coração, rins, baço e fígado foram retirados, limpos de gordura e sangue e foram secos e pesados.

Os resultados mostraram que as porcas alimentadas com milho MG foram mais pesadas ao dia 56 de gestação (P<0, 05) em comparação com as porcas alimentadas com a dieta de milho não MG. No dia 110 de gestação, não houve diferença no PV. Não houve diferenças na espessura da gordura dorsal durante todo o estudo. O GMD dos leitões não foi afectado. Leitões de porcas alimentadas com milho MG tenderam a ser mais leves (P = 0,08). Não houve diferenças nos níveis de mortalidade pré-desmame por ninhada entre tratamentos. As porcas alimentadas com milho MG tenderam a diminuir as proteínas séricas totais (P=0,08) e aumentar a creatinina sérica (P<0,05) e a actividade da γ-glutamiltransferase (P=0,07) no dia 28 da lactação. A ureia sérica tendeu a diminuir no dia 110 de gestação em porcas alimentadas com milho MG (P=0,10) e na sua descendência ao nascimento (P = 0,08).

Houve um efeito mínimo da alimentação com milho GM sobre as porcas durante a gestação e a lactação quanto à bioquímica sérica e hematologia ao nascimento e peso ao desmame. No entanto, estudos adicionais estão actualmente em marcha para avaliar o estado sanitário e o crescimento da descendência das porcas alimentadas com milho geneticamente modificado.

M C Walsh, S G Buzoianu, G E Gardiner, M C Rea, O O’Donovan, R P Ross and P G Lawlor. (2013). Effects of feeding Bt MON810 maize to sows during first gestation and lactation on maternal and offspring health indicators. British Journal of Nutrition 109, 873–881. doi:10.1017/S0007114512002607

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