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Inibição do vírus da Peste Suína Africana em líquidos nas rações

Os ácidos gordos de cadeia média e o monolaurato de glicerol inibem o vírus da Peste Suína Africana em líquidos.

18 Maio 2021
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A epidemia provocada pelo vírus da Peste Suína Africana (PSA) tem um impacto importante na produção suína a nível mundial, os esforços para melhorar a biossegurança, travando a sua transmissão e infectividade são uma prioridade importante. Recentemente foi identificado o risco associado às matérias-primas, alimentos e água potável pois estes podem estes actuar como veículos de transmissão e propagação transfronteiriça do vírus da PSA. É importante analisar a actividade de aditivos compatíveis com a normativa legal, com propriedades antivirais para rações que poderiam inibir a infectividade do vírus da PSA nas rações. Entre os candidatos prometedores como aditivos foram identificados os ácidos gordos de cadeia média (AGCM) e os derivados de monoglicéridos dos que se conhece que alteram a membrana lipídica que rodeia algumas bactérias e vírus com cápsula.

Neste estudo foram investigadas as actividades antivirais dos AGCM selecionados (ácidos caprílico, cáprico e láurico) e um monoglicérido relacionado, o monolaurato de glicerol (GML), para inibir o vírus da PSA em líquidos em rações. Foram adequados os compostos e as taxas de inclusão que poderiam ser eficazes para mitigar o vírus da PSA nas rações. Os ensaios antivirais demonstraram que o GML e todos os AGCM analisados inibem o vírus da PSA. GML foi mais potente que os AGCM porque funciona a uma concentração mais baixa e inibe o vírus da PSA graças à actividade virucida directa em combinação com um ou mais mecanismos antivirais. Os ensaios com rações com diferentes concentrações demonstraram que doses suficientemente altas de GML podem reduzir significativamente a infectividade do vírus da PSA em rações de maneira linear em períodos tão curtos como 30 minutos de acordo com as medições de títulos de vírus infeciosos. As provas de imunoabsorção ligada a enzimas (ELISA) revelaram que os tratamentos com o GML também dificulta o reconhecimento de anticorpos com a proteína estrutural p72 associada à membrana do vírus da PSA, que está provavelmente relacionada com as conformações da proteína que surgem da alteração da membrana viral.

As descobertas deste estudo indicam que os AGCM e GML inibem o vírus da PSA em líquidos e que o GML também pode reduzir a infectividade do vírus da PSA nas rações o que pode ajudar a parar a propagação da doença.

Jackman JA, Hakobyan A, Zakaryan H, et al. Inhibition of African swine fever virus in liquid and feed by medium-chain fatty acids and glycerol monolaurate. Journal of Animal Science and Biotechnology. 2020; 11(114). https://doi.org/10.1186/s40104-020-00517-3

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