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Maionese e farinha de frutos secos para a alimentação de porcos de crescimento-engorda

O uso de sub-produtos da indústria alimentar pode reduzir os custos de alimentação sem afectar o rendimento ou a qualidade da carne.

7 Agosto 2014
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Foram realizados dois ensaios para avaliar os rendimentos produtivos e as características da carcaça numa substituição parcial de uma dieta à base de cereais e soja por "maionese" (33,2% MS, 1,0% PB, 73,8% EE, 0,0% FB) ou "farinha de frutos secos" (96,5% MS, 16,5% PB, 56,3% EE, 2,9% FB). No primeiro ensaio 180 porcas (28,0 ± 3,5 kg) foram aleatoriamente distribuídas por 10 currais (18 porcos/curral). Cada dieta foi distribuída por cinco currais: dieta controlo (CTR) sem "maionese" ou dieta experimental com 7,75% de "maionese" (MAH). Ambas as dietas foram formuladas com o mesmo tipo de ingredientes para ser iso-energéticas (3.430 kcal EM/kg), iso-proteicas (18s6 % PB) e iso-aminoacídicas (1,12 % Lys total). O estudo durou 4 semanas. No segundo ensaio, foram utilizados os mesmos animais depois de 4 semanas de wash-out com uma dieta controlo à base de cereais e soja. Neste segundo ensaio os animais começaram com 65,9 ± 8,9 kg de peso vivo. Cada curral foi atribuído para um dos dois tratamentos: (i) dieta controlo (CTR2) sem "farinha de frutos secos" e (ii) dieta experimental com 10% de "farinha de frutos secos" (NUT). Ambas as dietas foram formuladas para conter 3,320 Kcal EM /kg, 17,5 % PB e 0.99 % Lys Total. O ensaio também durou 4 semanas. Foi registado o peso vivo no início e final de cada ensaio e o consumo médio diário (CMD) foi estimado pela ponderação do desaparecimento da alimentação. Depois do final do segundo ensaio, os porcos foram abatidos num matadouro comercial onde foram registados o peso da carcaça e a percentagem de carne magra mediante AutoFom.

A suplementação das dietas com ambos os sub-produtos não afectou (P> 0,05) nem o ganho diário de peso (GMD), consumo de ração (CMD) ou índice de conversão (IC). No Ensaio 1, o GMD foi de 618 e 607 g/d (SEM= 33), o CMD foi de 1.689 e 1.667 g/d (SEM= 126) e o IC foi de 2,74 e 2,76 (SEM= 0,239) para o CTR e a MAH, respectivamente. No ensaio 2, o GMD foi de 812 e 773 g/d (SEM= 37), o CMD foi de 2.291 e 2.275 g/d (SEM = 237) e o IC foi de 2,82 e 2,95 (SEM= 0,318) para CTR2 e NUT, respectivamente. O rendimento da carcaça foi de 75,05% frente a 75,32% (SEM= 2.75) e a percentagem de magro foi de 61,30% frente a 61,06% (SEM= 2.65) e também não foram afectados pelo tratamento.

Ainda que as características da carcaça não tenham sido afectadas pela inclusão dos sub-produtos na dieta de acordo com os preços actuais das matérias-primas, os benefícios económicos devido a uma redução no custo do alimento foram de aproximadamente de 13,1% (0,10 €/kg de crescimento) com a MAH e de 9,0% (0,10 €/kg de crescimento) com a NUT.

Sol, C., Castillejos, L. and Gasa J. 2014. Using by-products from food industry to liquid feed growing pigs. Proceedings of 6th European Symposium of Porcine Health Management. Page 157. Abstract.

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