X
XLinkedinWhatsAppTelegramTelegram
0
Leia este artigo em:

Meia-vida do vírus da Peste Suína Africana em carregamentos de ração

Para 9 ingredientes de ração expostos a condições de transporte de 30 dias, a meia-vida variou de 9,6 a 14,2 dias.

25 Fevereiro 2020
X
XLinkedinWhatsAppTelegramTelegram
0

Desde a introdução, em 2013, do vírus da Diarreia Epidémica Suína, nos Estados Unidos, os alimentos para animais e os seus ingredientes foram reconhecidos como rotas potenciais para a disseminação transfronteiriça de doenças suínas.

Para determinar a sobrevivência do vírus durante o transporte trans-oceânico, a meia-vida do vírus foi calculada em 9 ingredientes das rações expostos a condições de transporte de 30 dias. A meia-vida variou de 9,6 a 14,2 dias, o que indica que o ambiente da matriz alimentar promove a estabilidade do vírus.

Uma câmara ambiental simulou um transporte transatlântico de 30 dias, com as condições de humidade e temperatura ambiente a flutuar a cada 6 horas. Foram adicionados 5 g de cada ingrediente de ração irradiada com raios gamma a tubos cónicos de 50 ml antes de os inocular com 100 µL de 105 doses infecciosas de 50% de cultura tissular (TCID50) do PSAv, Georgia 2007/1.

Os controlos negativos consistiram em amostras de ração em forma de farinha com 100 µL de solução salina estéril tamponada com fosfato (PBS) adicionada. Os controlos positivos consistiram em 5 ml de meio RPMI 1640 sem ração com 100 µL de 105 TCID50 PSAv. Foram organizadas amostras por duplicado em 4 lotes replicados que representaram 4 pontos de tempo e foi simulado o modelo de transporte transatlântico em 2 periodos separados de 30 dias. Foram testadas as amostras para PSAv nos dias 1, 8, 17 e 30 pós-contaminação. A primeira amostra foi recolhida 1 dia pós-contaminação para permitir que o vírus estabilizasse dentro de cada matriz. O PSAv foi quantificado por titulação do vírus.

Todas as amostras inoculadas com PSAv mostraram quantidades detectáveis de PSAv infeccioso. A estimativa da meia-vida média no controlo positivo RPMI foi mais curta que a de todos os ingredientes analisados: 8,3 + 0,3 dias (IC 95% 7,7-9,0 dias). A meia-vida do vírus foi mais longa na ração completa: 14,2 + 0,8 dias (IC 95%: 12,4-15,9 dias). É de destacar que para o bagaço de soja convencional versus biológico, a meia-vida do PSAv difere em > 3 dias: 9,6 + 0,4 dias (bagaço de soja convencional) e 12,9 + 0,6 dias (bagaço de soja biológico). A relativa estabilidade na ração pode ser o resultado de um conteúdo variável de proteína, gordura ou humidade entre os ingredientes. Em geral, a meia-vida do PSAv em todos os ingredientes da ração para animais foi de 12,2 dias.

Stoian, A., Zimmerman, J., Ji, J., Hefley, T. J., Dee, S., Diel, D. G....Niederwerder, M. C. (2019). Half-Life of African Swine Fever Virus in Shipped Feed. Emerging Infectious Diseases, 25(12), 2261-2263. https://dx.doi.org/10.3201/eid2512.191002.

Comentários ao artigo

Este espaço não é uma zona de consultas aos autores dos artigos mas sim um local de discussão aberto a todos os utilizadores de 3tres3
Insere um novo comentário

Para fazeres comentários tens que ser utilizador registado da 3tres3 e fazer login

Não estás inscrito na lista A web em 3 minutos

Um resumo semanal das novidades da 3tres3.com.pt

faz login e inscreve-te na lista

Artigos relacionados

Produtos relacionados na Loja Agro-Pecuária

A loja especializada em suíno
Acoselhamento e serviço técnico
Mais de 120 marcas e fabricantes
Não estás inscrito na lista A web em 3 minutos

Um resumo semanal das novidades da 3tres3.com.pt

faz login e inscreve-te na lista