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O sexo e a imunocastração afectam o comportamento alimentar e as concentrações de escatol e indol

O comportamento alimentar afecta as concentrações de escatol e indol.

23 Julho 2013
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O uso de machos inteiros para a produção de carne tem sido discutido já que a melhoria nos rendimentos produtivos fica penalizada pelos efeitos negativos do odor sexual devido ás altas concentrações de androstenona, indol e escatol. No presente estudo foram avaliadas as consequências da concentração de substâncias que contribuem para o odor sexual na carne (escatol e indol). A conduta alimentar foi avaliada entre as 9 semanas de vida e o abate num total de 36 fêmeas, 32 machos imunocastrados (com 2 injecções de uma vacina comercial para estimular a produção de anticorpos contra a GnRF), 33 castrados (cirurgicamente) e 33 machos inteiros. Os animais foram alojados em grupos de 12 porcos do mesmo sexo e tratamento e foram alimentados ad libitum. O consumo individual foi registado com recurso a comedouros com identificação electrónica.

Durante o estudo o consumo diário incrementou de 0,91 ± 0,02 kg/dia até 3,15 ± 0,04 kg/dia. Este incremento esteve associado a uma redução de 50% no número de refeições por dia (de 15,8 ± 0,44 a 7,2 ± 0,29 refeições/dia). Foi observado um maior consumo como resultado de um aumento do tempo de consumo por refeição e no ratio de consumo (g/min). Foram observadas diferenças no sexo e tratamento, sendo o consumo nos machos inteiros inferior aos restantes grupos devido à redução no número de refeições/dia e no tempo dedicado a comer/dia. O tempo dedicado a comer por dia incrementou em machos castrados até um máximo de 1,2h/dia, da semana 13 até à 17, diminuindo posteriormente até 1h/dia, e foi significativamente superior que nos machos inteiros e fêmeas da semana 16 à 24 (P<0.01). Nas fêmeas, o tempo dedicado a comer/dia foi bastante semelhante aos machos inteiros, mas resultou num maior número de refeições de curta duração. Os machos castrados tiveram um maior consumo já que um maior número de refeições por dia resultou em mais tempo a comer por dia. O ratio de consumo foi semelhante em machos inteiros, fêmeas e machos castrados cirurgicamente. A imunocastração estimulou o consumo de ração, especialmente na quantidade consumida que incrementou devido ao ratio de consumo, o qual excedeu a todos os grupos em 25% no final do estudo. As maiores concentrações de escatol foram observadas no tecido adiposo dos machos inteiros, enquanto que as concentrações de indol foram superiores nos imunocastrados. Em fêmeas e castrados, as concentrações de escatol estiveram relacionadas com o ratio de crescimento. Além disso, o ratio de consumo foi um factor importante explicando a variabilidade nas concentrações de escatol/indol no tecido adiposo.

Em conclusão, estas diferenças no comportamento alimentar parecem contribuir para a variabilidade das concentrações de escatol e indol entre os diferentes géneros.

U Weiler, M Götz, A Schmidt, M Otto and S Müller, 2013. Influence of sex and immunocastration on feed intake behavior, skatole and indole concentrations in adipose tissue of pigs. Animal, 7-2: 300–308 doi:10.1017/S175173111200167X

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