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Diferentes isolados clínicos de M. hyosynoviae têm diferentes padrões de coxeiras

Neste estudo, foram utilizados isolados clínicos obtidos a partir de casos de campo diferenciados no tempo, espaço e exploração suína de artrite associada a M. hyosynoviae.

18 Julho 2017
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O Mycoplasma (M.) hyosynoviae coloniza e causa doenças em porcos em fase de crescimento-engorda.

Neste estudo, foram utilizados isolados clínicos obtidos a partir de casos de campo diferenciados no tempo, espaço e exploração suína (diagnosticados pelo Laboratório de Diagnóstico Veterinário da Universidade Estatal de Iowa, ISU-VDL) de artrite associada a M. hyosynoviae (3491 e 3496). Os isolados foram inoculados via intranasal (IN) ou intravenosa (IV) em porcos nascidos por cesareana e privados de ingerir colostro (CDCD, pelas suas em inglês), livres de agentes patogénicos específicos (SPF, pelas suas siglas em inglês). Os porcos inoculados IN com o isolado 3491 receberam 5 ml (n=5 por grupo) ou 10 ml (n=5 por grupo), enquanto que todos os porcos inoculados IN com o isolado 3496 receberam 10 ml (n=5 por grupo). Os animais inoculados IV receberam 2 ml de 3491 (n=11) ou 3496 (n=7). Os animais controlo (n=4) receberam o mesmo meio utilizado para o cultivo desta bactéria seja IN (n=3) ou IV (n=1). Após a inoculação foi comparada a proporção e distribuição dos casos clínicos além da severidade das coxeiras.

Os resultados mostraram que as amígdalas eram o sítio primário de colonização, enquanto que a bacteriémia rara vez foi detectada antes da observação dos sinais clínicos. Independentemente do isolado clínico inoculado, da via de inoculação ou do volume de inócuo, foram detectadas alterações histopatológicas e invasão de tecidos em múltiplas articulações, o que indica uma aparente falta de tropismo articular específico. A doença aguda foi observada aos 7 a 10 dias após a inoculação. A variabilidade na gravidade das lesões microscópicas sinoviais e a detecção de agentes patogénicos nas cavidades articulares sugere que a duração da infecção articular pode influir na precisão diagnóstica.

Em conclusão, este estudo demonstrou que a coxeira clínica causada por M. hyosynoviae pode ser reproduzida através da infecção de porcos CDCD SPF inoculados via IV ou IN sem tropismo de tecido comum. No entanto, a variabilidade no fenótipo da doença, incluindo a detecção de agentes patogénicos e a pontuação histopatológica, reforça a ideia de que o critério de diagnóstico pós-mortem tem que ser estrito para aumentar a sua precisão. Além disso, dada a demonstração de que diferentes isolados clínicos podem ter um impacto diferente na coxeira clínica, devem ser realizados estudos mais compreensíveis com colecções bem estabelecidas de estirpes genotipadas para determinar os marcadores associados com a virulência deste agente patogénico. Esta abordagem pode ser particularmente relevante para a vigilância e teste de candidatos terapêuticos e/ou vacinais.

Gomes-Neto JC, Raymond M, Bower L, Ramirez A, Madson DM, Strait EL, Rosey EL, Rapp-Gabrielson VJ; Two Clinical Isolates of Mycoplasma Hyosynoviae Showed Differing Pattern of Lameness and Pathogen Detection in Experimentally Challenged Pigs; J Vet Sci. 2016 Dec 30;17(4):489-496. doi: 10.4142/jvs.2016.17.4.489

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