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Relação entre infecção por IAV e subpopulações de porcos em explorações de reprodutoras com infecção endémica

Com base nestas descobertas, recomenda-se que as estratégias de controlo de IAV sejam dirigidas para prevenir a infecção antes de introduzir as primíparas na exploração e antes de desmamar os leitões.

23 Julho 2015
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Os vírus da Influenza A (IAVs) estão distribuidos por todo o mundo em aves, porcos e seres humanos e provocam uma doença endémica importante que afecta hospedeiros de todos os países. Ainda que os porcos desempenhem um papel chave na ecologia dos IAVs, a epidemiologia dos IAVs em suiniculturas é pouco conhecida. Neste estudo longitudinal descreve-se a prevalência da infecção por IAVs em três subpopulações de porcos em 5 explorações de reprodutoras do Médio Oeste dos Estados Unidos. Recolheram-se amostras mensais durante um ano de cada exploração e, em cada visita, obtuveram-se 30 zaragatoas nasais individuais das três subpopulações, nomeadas, a) fêmeas de reposição, residentes na exploração há menos de 4 semanas (primíparas novas), b) fêmeas de reposição, residentes na exploração há mais de 4 semanas (primíparas), e c) porcos de maternidade com menos de 21 dias de idade (leitões). Para detectar IAVs utilizou-se a reacção em cadeia da polimerase com transcriptase inversa em tempo real (RRT-PCR) e a associação entre a infecção por IAVs e a subpopulação de porcos mediu-se utilizando um modelo de regressão logística mista. As zaragatoas nasais (n=4.190) obtiveram-se de 141 grupos de porcos.

Pelo menos, foi encontrada uma zaragatoa nasal positiva para IAV em 19,9% (n = 28) dos grupos rastreados e em 7,7% (n = 324) de todas as zaragatoas nasais positivas. Despois de ajustar por trimestre e amostra, as probabilidades de ser IAV positivo foram 7,9 (IC 95% 1,4, 43,9) e 4,4 (IC 95% 1,1, 17,1) vezes maiores nos grupos de primíparas novas e leitões em comparação com grupos de primíparas, respectivamente.

Os resultados indican que as primíparas novas e os leitões tiveram maiores probabilidades de ser IAV positivo que as primíparas nas explorações de reprodutoras e que a estação do ano influencia a infecção por IAV em porcos. Com base nestas descobertas, recomenda-se que as estratégias de controlo de IAV sejam dirigidas para prevenir a infecção antes de introduzir as primíparas na exploração e antes de desmamar os leitões.

Diaz A, Perez A, Sreevatsan S, Davies P, Culhane M, Torremorell M (2015) Association between Influenza A Virus Infection and Pigs Subpopulations in Endemically Infected Breeding Herds; PLoS ONE 10(6): e0129213. doi:10.1371/journal.pone.0129213

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