Para determinar o efeito da secagem por pulverização do plasma sobre a inactivação do vírus da Diarreia Epidémica Suína (DESV), foi inoculado plasma bovino com um título final médio de 4,2 log10 DICT50/ml que foi secado num secador de escala de laboratório a 200 °C de temperatura de entrada e ou então a 70 ou 80 °C em toda a sua massa. Tanto as amostras líquidas como secas se submeteram a três passagens sobre monocamadas de células Vero para determinar a infectividade do DESV. As amostras líquidas continham vírus infeccioso, mas nenhuma das amostras secadas por pulverização era infecciosas.
Também se determinou a sobrevivência do DESV inoculado em plasma bovino secado por pulverização (SDBP) e armazenado a 4, 12 ou 22 °C durante 7, 14 e 21 dias. O SDBP comercial foi inoculado com o DESV a um título final médio de 2,8 log10 DICT50 /g. Cinco amostras por tempo e temperatura foram submetidas a três passagens sobre monocamadas de células Vero para determinar a infectividade DESV. O vírus não foi infeccioso em cultivo celular em nenhuma das amostras armazenadas a 22 °C durante 7, 14 e 21 dias enquanto que se mostrou infeccioso em 1 de cada 5 amostras armazenadas a 12 °C aos 7 dias, se bem que sob esta temperatura nenhuma o tenha sido aos 14 e 21 dias de armazenagem. Para as amostras armazenadas a 4 °C, 4 em cada 5 amostras eram infecciosas aos 7 dias, 1 em cada 5 amostras aos 14 e nenhuma aos 21 dias.
Em resumo, o DESV não se mostrou infeccioso em cultivo celular dentro dos 7 dias de armazenagem quando se armazena a temperatura ambiente e dentro dos 21 dias quando se armazena a temperatura de refrigeração.
Joan Pujols, Joaquim Segalés. Survivability of porcine epidemic diarrhea virus (PEDV) in bovine plasma submitted to spray drying processing and held at different time by temperature storage conditions. Vet Microbiol. 2014 Dec 5;174(3-4):427-432. doi: 10.1016/j.vetmic.2014.10.021.