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Substituição dos antibióticos por sub-produtos de plantas medicinais orientais em porcos de acabamento

As plantas medicinais orientais como alternativa positiva aos antibióticos em porcos de acabamento.

7 Agosto 2012
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Os consumidores são cada vez mais conscientes da saúde e parecem preocupados pela presença de resíduos de antibióticos nos produtos cárnicos. O uso de antibióticos como preventivos de doenças e como promotores de crescimento aumentou o número de casos de resistências aos antibióticos e a preocupação sobre a sua transmissão cruzada aos humanos. Muitos trabalhos estão centrados em alternativas como aditivos ou suplementos, mas algumas regiões apostam na inclusão de extractos de plantas medicinais orientais (PMO) como alternativa. Portanto, este estudo foi realizado para determinar o efeito da substituição de antibióticos por extractos de PMO e ervas nos rendimentos produtivos de porcos de acabamento e na qualidade da carne. Um total de 40 machos (Landrace x Yorkshire x Duroc) com um peso corporal inicial de 49,5 kg foram usados na experiência de 69 dias de duração. Aos porcos foi atribuído um dos quatro tratamentos dietéticos por peso num desenho em blocos aleatório: ao grupo controlo foi dado 0,1% de flavomicina como antibiótico; ao T1 deu-se 2% de um sub-produto de PMO; ao T2 deu-se 2% de PMO e 0,03% de extracto de feno grego (Trigonella foenum graecum); e ao T3 deu-se 2% de PMO e 0,1% de ácido aminolevulínico. As PMO consistiram numa mistura de diferentes plantas. O peso dos porcos e o consumo de alimento foram medidos no final da experiêcia para determinar o ganho de peso, o consumo e o índice de conversão. Os animais foram abatidos e foi-lhes extraído o Longissimus dorsi (LD) para a análise qualitativa da carne (cor, pH, nitrógeno básico volátil (NBV), teste sensorial, perdas por cocção e as perdas por exsudação dos músculos).

Não foram encontradas diferenças significativas no ganho de peso, ingestão de alimento e índice de conversão entre os grupos testados (P > 0,05). Mas o grupo tratado mostrou mais (P < 0,05) humidade e cinzas e menor conteúdo em proteína que o grupo controlo. O grupo T3 mostrou um menor conteúdo em colesterol na carne (38,42 mg/100 g) comparado com os outros grupos (P < 0,05). O conteúdo de vitamina E do músculo nos três grupos tratados foi maior (P < 0,001) comparado com o grupo controlo. Não foi detectado conteúdo de antibiótico no LD do grupo controlo, nem nos grupos tratados. Os valores de NBV e das substâncias reactivas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS) dos grupos tratados foram significativamente menores (P < 0,01) que no grupo controlo, enquanto o pH foi ligeramente superior (P < 0,05) nos grupos tratados. Os grupos tratados tiveram uma melhor pontuação (P < 0,05) teste sensorial para a cor, sabor, mau sabor e aceitabilidade total comparado com o grupo controlo.

Baseado nos resultados, pode-se concluir que os sub-produtos das PMO podem ser usados na produção de porcos para substituir os antibióticos.

SN Kang, GM Chu, YM Song, SK Jin, IH Hwang and S Kim. Replacement of antibiotics with by-products of oriental medicinal plants 2012. Animal Science Journal, 83: 245-251. Doi: 10.1111/j.1740-0929.2011.00942.x

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