O objectivo do presente estudo foi determinar a temperatura e o período necessário de aplicação para inactivar o vírus da Diarreia Epidémica Suína (DESv) em camiões comerciais de transporte dentro das limitações da capacidade actual de descontaminação e secagem termo-assistida (TADD nas suas siglas em inglês) presentes na indústria.
Para isso, inocularam-se um total de 32 machos castrados de 4 semanas de idade mediante tubo gástrico oral com 5 ml de fezes negativas ao DESv (Neg; n = 4), fezes positivas ao DESv não tratadas (Pos; n = 4), ou fezes positivas ao DESv submetidas a 71°C durante 10 minutos (71C-10M; n = 4), 63°C durante 10 minutos (63C-10M; n = 4), 54°C durante 10 minutos (54C-10M; n = 4), 38°C durante 12 horas (38C-12H; n = 4), 20°C durante 24 horas (20C-24H; n = 4), ou 20°C durante 7 dias (20C-7D; n = 4). Estes porcos serviram como bioensaio para determinar a infectividade do vírus após o tratamento. Os resultados do bioensaio determinaram-se mediante RT-PCR em amostras de zaragatoas rectais recolhidas nos dias 3 e 7 pós-inoculação.
Nenhum dos porcos nos grupos 71C-10M e 20C-7D se infectaram com o DESv. Este resultado diferiu significativamente do resultado do grupo Pos (P < .05). Os resultados dos outros grupos não diferiram significativamente do resultado do grupo Pos (P > .05).
Sob as condições deste estudo, manter o DESv presente nas fezes a 71°C durante 10 minutos ou a 20°C (temperatura ambiente) durante 7 dias é suficiente para a sua inactivação prevenindo a transmissão.
Thomas PR, Karriker LA, Ramirez A, et al . Evaluation of time and temperature sufficient to inactivate porcine epidemic diarrhea virus in swine feces on metal surfaces. J Swine Health Prod. 2015;23(2):84–90.