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Tipos de fibra e digestão dos nutrientes e a sua fermentação

A inclusão de 5% de inulina numa dieta de milho e bagaço de soja pode aumentar a fermentação no intestino posterior...

8 Outubro 2015
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A fibra na dieta é formada basicamente por polissacáridos não amiláceos e lignina. É resistente à degradação pelas enzimas digestivas endógenas no estômago e no intestino delgado do porco, mas pode ser fermentada na sua maioria pela microbiota do intestino posterior. Os objectivos deste estudo foram determinar os efeitos das duas propriedades funcionais da fibra purificada em dietas de milho e bagaço de soja sobre a digestibilidade dos nutrientes e da energia, as características de conteúdo digestivo e a concentração de AGV nos porcos de engorda. Para isso foram utilizados seis machos (Landrace x Large White; PV inicial = 21,3 ± 1,0 kg) aos que foi colocada cirurgicamente uma cânula T no íleon terminal. Estes animais foram distribuídos por 3 tratamentos seguindo um quadrado latino de 3 × 3 repetições. As dietas utilizadas foram uma dieta controlo de milho e bagaço de soja ou uma dieta na qual o milho e o bagaço de foram substituídos por 5% de inulina (INU) ou carboximetilcelulosa de sódio (CMC). O óxido crómico foi incluído em todas as dietas como marcador indigestível. Foram determinadas a digestibilidade aparente ileal (AID) e a digestibilidade aparente total (ATTD) dos nutrientes e a energia. A concentração de AGV também foi determinada em amostras ileais e fecais.

A AID da MS, carbohidratos (CHO), FND e EB foi inferior (P<0,01) para os porcos alimentados com a dieta INU que aqueles alimentados com a dieta controlo e CMC. A ATTD e a fermentação no intestino posterior da MS, CHO, FAD, FND e EB foram inferiores (P <0,01) na dieta CMC aos da dieta controlo ou da dieta INU, enquanto que a AID da PB foi maior (P <0,05) na dieta CMC que nas outras dietas. A ATTD da FND e a fermentação do intestino posterior do EE foram maiores (P <0,01) na dieta de controlo que na dieta INU ou na dieta CMC. A fermentação no intestino posterior de CHO e EB foi maior (P <0,01) na dieta INU que na dieta controlo ou na dieta CMC. O trânsito total de nutrientes e energia aumentou (P <0,01) pela inclusão de 5% de CMC na dieta. Não houve diferenças nas concentrações de AGV ileais entre as dietas. O acetato fecal e as concentrações de AGV totais foram maiores (P <0,01) nos porcos alimentados com a dieta INU que os da dieta controlo ou da dieta CMC. O pH fecal e a concentração de acetato, propionato, isobutirato, butirato, isovalerato e AGV totais foram menores (P <0,01) nos porcos alimentados com a dieta CMC que os alimentados com a dieta controlo ou a dieta INU.

Pode-se concluir que a inclusão de 5% de inulina numa dieta de milho e bagaço de soja pode aumentar a fermentação no intestino posterior, mas a inclusão de inulina reduz a AID da maioria dos nutrientes e de energia da dieta. Neste estudo, a inclusão de 5% de CMC numa dieta aumentou a AID da PB e FND.

 

Gao, L., Chen, L., Huang, Q., Meng, L., Zhong, R., Liu, C., Tang, X., Zhang, H. 2015. Effect of dietary fiber type on intestinal nutrient digestibility and hindgut fermentation of diets fed to finishing pigs. Livestock production science, 174, 53-58. doi:10.1016/j.livsci.2015.01.002

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