A colocação de um banco como barreira física antes de entrar na área antes do banho é um sistema adicional de biossegurança que visa reduzir o risco de transmissão de agentes patogénicos de calçados contaminados e das salas antes do banho. Por outro lado, em medicina humana, os materiais fluorescentes têm sido usados para medir e comparar a contaminação ambiental.
O objectivo deste estudo foi determinar se a adição de um sistema de entrada com colocação de um banco antes da zona de duche reduz o risco de o pessoal introduzir contaminação ambiental, simulado através do uso de um pó fluorescente.
O protocolo de biossegurança da exploração onde foi ser realizado o estudo consistia num numa entrada através da qual o pessoal acedia do exterior (primeira parte do lado sujo). Os funcionários primeiro atravessavam o corredor e entregavam seus almoços e objectos pessoais pela janela do escritório e depois sentavam-se para tirar os sapatos. Os sapatos eram colocados numa estante para sapatos ao lado da janela do escritório. Mesmo em frente da porta exterior havia outra porta que dava para o chuveiro. Depois retirarem os sapatos, os funcionários, atravessavam o corredor e entravam no respectivo chuveiro. Antes de entrar no chuveiro, roupas e objectos pessoais eram deixados num armário e era tomado um banho completo e, depois de secos, vestiam-se com roupas e botas fornecidas no outro lado do chuveiro (zona limpa). Para o estudo, durante os dez dias de duração, quatro funcionárias entraram nas instalações, pisaram o pó fluorescente, realizaram os procedimentos de banco de entrada, tirando os sapatos e deixando-os de um lado do banco para passar esta barreira física e entrar na seguinte zona anterior ao duche sem sapatos e posteriormente tomar duche para entrar na exploração.
Em dez repetições adicionais, foi retirado o banco e foram seguidos os protocolos regulares da exploração. Foi avaliada a contaminação com o pó fluorescente com um sistema de quadricula em quatro pontos de amostragem, incluindo antes do banco, depois do banco, antes do duche e depois do duche. Foi feita uma análise estatística para determinar se havia uma diferença no número de células da quadricula contaminadas que se encontraram em cada amostra entre os grupos de tratamento.
Foi encontrado pó fluorescente após o duche em dois dias de estudo nos quais se tinha retirado o banco mas não foi encontrada contaminação quando se colocou o banco. Houve uma diferença significativa na contaminação encontrada directamente após o banco entre os dias com banco de entrada e os dias sem banco de entrada, isto não foi observado em nenhum dos outros pontos de amostragem.
Segundo os resultados do estudo, um sistema de banco de entrada pode diminuir o risco de que os agentes patogénicos cheguem ao lado limpo do duche, mas também é necessário melhorar os protocolos e passos adicionais de biossegurança.
Anderson AV, Fitzgerald C, Baker K, et al. Comparison of shower-in and shower-in plus bench entry protocols for prevention of environmental contamination due to personnel entry in a commercial swine facility. J Swine Health Prod. 2018;26(4):192-199.