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16 de Agosto de 2011
Continua a estabilização do preço dos porcos e Portugal na primmmeira quinzena de Agosto. Desde Junho que o preço se mantém.
A Espanha também manteve o seu preço nesta quinzena. Apesar de tudo, os dados dos abates em Espanha apontam-nos para um número récord de abates de suínos durante os meses de Verão o que indica que não deverá haver porcos acumulados que façam aumentar a oferta em Agosto e Setembro.
Os restantes Países Europeus (Alemanha, Holanda, Bélgica, Dinamarca e França) apresentaram algumas oscliações ligeiras no preço esta quinzena.
Dados do Ministério da Agricultura português dizem-nos que os abates em Portugal, entre Janeiro e Maio de 2011, subiram 2,4% em relação ao mesmo período de 2010, mas as toneladas abatidas apenas subiram 1,6% no mesmo período, o que quer dizer que se abateram porcos mais leves.
Nada estranha esta situação já que o custo de produção continua a ser fortemente afectado pelo custo da alimentação e os suinicultores vão tirando os seus porcos com menos peso vivo.
Também segundo o dados do Ministério da Agricultura, as entradas de animais para abate reduziu-se 14,9% entre Janeiro e Maio de 2011 em comparação com o mesmo período de 2010, as entradas de carne refrigerada foram -2,8% e de carne congelada -10,7%. No que se refere às saídas e para o mesmo período, as de animais vivos de Portugal para outros destinos (principalmente reprodutores de refugo) foi -21,9%, mas em contrapartida aumentaram as saídas de carne refrigerada 48,1% e congelada 16,5%.
Apesar destes dados serem interessantes para o comércio da carne de porco em Portugal, a situação continua bastante crítica para os suinicultores. As perdas são muito elevadas. A descida do preço das matérias-primas ou a subida do preços dos porcos (as duas em simultâneo seria "ouro sobre azul") era essencial para o equilíbrio financeiro e de tesouraria dos produtores.
No mês de Agosto é habitual que o preço dos porcos comece a descer. Alguns dados podem-nos fazer pensar que as descidas poderão não ser tão elevadas como em anos anteriores principalmente porque a situação dos suinicultores é dramática e as dificuldades de tesouraria são enormes. Também os abates na Europa foram elevado e daí não deverem existir porcos acumulados para abater.
Informações muitas. Dificeis de entender? Sim! Cumprem-se as previsões? Veremos.
