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Ano novo, as mesmas descidas de sempre nas cotações dos porcos

Iniciou-se um novo ano mas as cotações dos porcos em Portugal continuaram a descer, tal como já tinha acontecido na última quinzena de Dezembro do ano findo.

17 de Janeiro de 2014

Iniciou-se um novo ano mas as cotações dos porcos em Portugal continuaram a descer, tal como já tinha acontecido na última quinzena de Dezembro do ano findo. Com efeito, a cotação dos suínos em Portugal desceu 0,043€/kg carcaça nesta primeira quinzena de Janeiro e do ano de 2014.

O mercado português acabou por acompanhar ligeiramente o que se tinha passado no mercado espanhol, tendo descido menos que Espanha.

Por vezes, estas descidas são pouco compreensíves quando os dados do SIMA dão conta que a cotação média da Bolsa em 2013 foi de 1,81€/kg carcaça e em Espanha, o Ministério da Agricultura espanhol refere que o preço médio da carcça E em 2013, naquele país, foi de 1,936€/kg carcaça, o que representa uma subida de 11,3% em relação ao preço médio espanhol de 2012. Já em Portugal, o preço médio da Bolsa em 2012 terá sido de 1,87€ o que quer dizer que, contrariamente ao que aconteceu nos restantes países europeus, as cotações no nosso país, em 2013 foram inferiores 3,2% que as cotações de 2012 quando deveriam ser superiores e deveriam ser superiores às cotações espanholas, pois Portugal é um país deficitário na produção de suínos para consumo.

Enfim! Portugal no seu melhor!

Em Espanha, nesta primeira quinzena do ano, ainda se verificaram as compensações nas cotações para as equilibrar com as cotações alemãs. Na realidade, a cotação em Espanha desceu 0,042€/kg PV (cerca de 0,055€/kg carcaça), sendo que neste momento a cotação média de Lérida é de 1,211€/kg PV (cerca de 1,61€/kg carcaça).

Os pesos de carcaça em Espanha estão elevados (idênticos aos do início de 2007) se bem que um preço ao nível do actual tenha acontecido em Fevereiro de 2012, há quase 2 anos, portanto. Houve alguma acumulação de porcos já que os feriados de Natal e Ano Novo reduziram os abates e isso reflecte-se no aumento do peso dos porcos, bem como as temperaturas amenas que se têm feito sentir levam a maiores crescimentos dos porcos e ao consequente aumento de peso destes.

Por outro lado, este é o comportamento normal de todos os meses de Janeiro, porcos atrasados e pesados a preços relativamente baixos que têm que ser abatidos. O matadouro abate porque aproveita para repor stocks de carne a preços mais baixos e isso permitrá que o mercado alivie e leva a uma futura subida das cotações.

Os restantes mercados Europeus tiveram comportamentos bem diferentes de Portugal e Espanha.

Na realidade, a Alemanha (1,52€/kg carcaça), a Holanda (1,54€/kg carcaça) e a Bélgica (1,07€/kg PV) mantiveram as suas cotações nesta quinzena. Os alemães estão à espera que se levantem as restrições do mercado russo para poderem escoar carne de porco para aquele país o que levará a uma redução da oferta interna de carne de porco nos países da U.E.

A Dinamarca também manteve a sua cotação (1,46€/kg carcaça) com a justificação de que o mercado Europeu e de países Terceiros se mantém calmo e sem alterações de maior.

Por fim a França, que apresentou uma subida de 0,027€/kg carcaça na suas cotações o que é um excelene sinal já que todos os inícios de ano existem promoções na Grande Distribuição francesa, com preços de carne muito baixo e este factor é um entrave às subidas das cotações dos porcos.

Este ano as coisas estão um pouco melhor já que com o aumento dos abates para fornecer a distribuição, os pesos baixaram o que permitiu aliviar o mercado com a consequente subida das cotações dos porcos gauleses.

As próximas semanas serão cruciais para definir o mercado do porco em Portugal e na Europa no ano que agora começou.

Continua a haver menos efectivo reprodutor que em anos anteriores, mas com tendência de recuperação após a adaptação das explorações às normas do bem-estar. A oferta de porcos será essencial, como sempre, na definição dos preços mas a procura de carne também será importante. Se houver aumento de oferta mas a procura aumentar mais, o mercado fica bem favorável aos suinicultores.

Veremos se assim é.

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