X
XLinkedinWhatsAppTelegramTelegram
0
1
Leia este artigo em:

Como organizar um plano de melhoria em biossegurança

Cada vez é dada mais importância à biossegurança para a prevenção de doenças. No artigo seguinte, é explicado como pode ser organizado um plano de melhoria em biossegurança.

A pecuária actual, tanto de um modo geral como para a suinicultura em particular, enfrenta um número significativo de desafios legislativos, sanitários e ambientais, como a redução do consumo de antibióticos, emissões, ameaças à saúde, etc. Esta situação significa que é dada cada vez mais importância à prevenção e, em consequência, a biossegurança desempenha um papel muito importante neste domínio.

Dentro deste contexto, muitas empresas estão a abordar a biossegurança com cuidado, tanto no que respeita a actualizar explorações que já estão com alto nível de biossegurança, como a actualizar aquelas que ficaram para trás.

No artigo seguinte explicaremos, de acordo com a nossa experiência, como se pode organizar um plano de melhoria da biossegurança.

Antes de mais nada, um plano de melhoria da biossegurança deve sempre ser precedido por algum tipo de análise ou auditoria que reveja ponto a ponto todos os aspectos envolvidos na biossegurança da exploração ou empresa. Esses métodos de análise podem ser realizados por consultores externos ou por pessoal interno, o importante é que o método escolhido nos forneça informações e dados organizados que nos ajudem a concentrar os nossos esforços nos objectivos adequados.

Normalmente, estos métodos podem ser:

  • levantamentos de biossegurança mais ou menos detalhados - obviamente, quanto mais detalhada e menos subjetiva for a pesquisa, melhores serão as informações obtidas;
  • lista de verificação/revisões de protocolos, instalações, etc. - poder-se-ía dizer que é outra maneira de fazer pesquisas;
  • sistemas digitais de controlo/análise de biossegurança que fornecem dados objectivos sobre interacções de pessoal/rota, métodos de desinfecção, etc.

Como regra geral, estes métodos oferecem uma pontuação ou escala, para diferentes aspectos da biossegurança de uma exploração ou empresa, apontando os pontos específicos em que há deficiências: acesso de visitas, maneio, cais de carga, etc. quarentenas, rotas de camiões, etc. Como a biossegurança é tão complexa e abrange tantas questões diferentes numa exploração, pode ser difícil lidar com todas as mudanças de uma só vez, exigindo que seja organizado um plano de melhoria para avançar com eficiência.

Supondo que, depois de auditar uma exploração, são encontrados 15 aspectos que podem ser melhorados (em muitas ocasiões há riscos que não podemos evitar, como estar localizado numa área com alta densidade pecuária). A organização do plano deve ser equilibrada entre o risco potencial envolvido e o tempo que decorre para resolver estes aspectos. Assim, os objectivos são organizados de forma temporal (imagem 1):

  • objectivos imediatos: são aqueles que necessitam pouco tempo ou investimento económico para serem activados - melhorar a higiene, maneios simples como a mudança de agulhas, modificar fluxos de pessoal ou alterar protocolos como o processo de carga;
  • objectivos a curto prazo: neste caso também não costuma haver um custo importante, mas necessitam um pouco mais de tempo para serem implementados - definição de protocolos de biossegurança, busca de responsável de biossegurança, alterar procedimentos mais complexos como assegurar um TD-TF real;

  • objectivos a médio prazo: neste caso, são necessários investimentos económicos e tempo para os realizar - normalmente estão relacionados com modificações no fluxo de animais (por exemplo, entradas em quarentena) ou com mudanças nas instalações.

    • Os objectivos de médio prazo são os mais problemáticos, na nossa experiência, e mostramos isso com um dos exemplos mais encontrados: o cais de carga. Quando um cais de carga apresenta deficiências, a pontuação de risco que costuma dar nos inquéritos/auditorias/dados é alta. Essa contradição, de estar exposto a um grande risco, mas não conseguir reduzi-lo rapidamente, muitas vezes cria confusão e às vezes trava o plano de melhoria. A nossa recomendação é simples: actualize ao máximo o cais de carga mas, enquanto isso, defina objectivos imediatos alterando os protocolos no cais e aumentando a higiene para reduzir o risco nesta área até que a instalação possa ser modificada.
  • objectivos a longo prazo: neste caso, são necessários grandes investimentos de tempo e dinheiro - construir quarentenas novas, centros de lavagem e desinfecção de veículos, etc. - da mesma forma que no caso anterior, o risco pode ser reduzido com outras medidas mais simples até que sejam alcançados os objectivos a longo prazo;

  • objectivos contínuos: de maneira periódica, os colaboradores devem ser formados (o melhor plano de biossegurança de nada serve se o pessoal não o entende) e avaliar a sua própria biossegurança realizando auditorias tanto internas como externas.

Imagem 1.
Imagem 1.
A melhoria da biossegurança é, e continuará a ser, um processo contínuo em explorações e empresas, portanto, avaliar e organizar as mudanças é fundamental para o sucesso.

Comentários ao artigo

Este espaço não é uma zona de consultas aos autores dos artigos mas sim um local de discussão aberto a todos os utilizadores de 3tres3
Insere um novo comentário

Para fazeres comentários tens que ser utilizador registado da 3tres3 e fazer login

Não estás inscrito na lista Última hora

Um boletim periódico de notícias sobre o mundo suinícola

faz login e inscreve-te na lista

Artigos relacionados

Produtos relacionados na Loja Agro-Pecuária

A loja especializada em suíno
Acoselhamento e serviço técnico
Mais de 120 marcas e fabricantes
Não estás inscrito na lista A web em 3 minutos

Um resumo semanal das novidades da 3tres3.com.pt

faz login e inscreve-te na lista