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Cooperativas suínas na Europa

Apresentamos dados de um estudo da Comissão Europeia para obter informação detalhada sobre cooperativas e organizações de produtores.

10 Março 2013
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A Comissão Europeia levou a cabo um estudo a grande escala chamado "Apoio às cooperativas de agricultores (SFC)", para obter informação detalhada sobre cooperativas e organizações de produtores, com a intenção de fomentar este tipo de associações e fomentar assim a competitividade da cadeia de fornecimento de alimentos.

Pelo que respeita à produção de carne de suíno, o mercado europeu está muito integrado, em parte devido a que está muito vinculado aos mercados mundiais: a produção de carne de porco na UE é aproximadamente 10% maior que o seu consumo e nos principais mercados de exportação têm que competir com países como os EUA, Canadá e Brasil que, em geral, têm menores custos de produção. Pese a isso, em comparação com, por exemplo, os sectores de lácteos, frutas e verduras, as quotas de mercado das cooperativas suínas são em geral muito mais baixas.

Há diferentes tipos de cooperativas na UE. No norte da Europa tendem a ser grandes, além da recolha de cadáveres, também abatem os animais e processam a carne. No sul da Europa há, além disso, uma série de cooperativas pequenas que só vendem animais vivos a matadouros locais e talhos.

Tabela 1. Quotas de mercado por estado membro em quatro sectores agrícolas

Leite Suíno Ovino Cereais
Áustria 95 70
Bélgica 66 >25
República Checa 66 25 20
Dinamarca 96 86
Estónia 35 1 10
Finlândia 97 81 49
França 55 94 74
Alemanha 65 20 50
Hungria 31 25 20 12
Irlanda 99
Itália 42 27
Letónia 33 6 38
Lituânia 25
Malta 91 100 70
Holanda 90 55
Polónia 72 7
Portugal 70
Eslováquia 25 11 16
Eslovénia 80 42
Espanha 40 25 25 35
Suécia 100 51 55
Média UE 57 27 4 34

Há apenas cinco países onde o papel das cooperativas é dominante no sector suíno: Dinamarca (Danish Crown), Finlândia, Suécia (devido ao papel transnacional de HKScan), Malta e França. Além disso, VION, uma companhia detida e controlada por uma organização de criadores tem um papel chave na indústria da carne de porco holandesa e alemã. Dos restantes países, só na Bélgica, República Checa, Alemanha, Hungria, Espanha, Áustria e Itália as cooperativas têm participações importantes (ver mapa). Em muitos países da Europa de Leste, o papel das empresas internacionais e das cooperativas é já muito importante (por exemplo HKScan na Polónia).

Mapa cooperativas porcinas europeas

Figura 1. Quota de mercado das cooperativas suínas em 2010

As cooperativas suínas servem quase todas as etapas da cadeia alimentar, desde o transporte e o armazenamento, a elaboração primária e secundária, a comercialização de produtos de marca. Na Europa de Leste há cooperativas que têm um papel importante na produção primária. A liderança nos preços é muito mais importante que a marca - o que confirma o seu carácter de produto básico.

30% das cooperativas requerem um reforço substancial de capital dos membros. 70 % têm apenas uma quota de entrada, que pode variar em tamanho e, em alguns casos, podem estar relacionadas com a utilização dos serviços cooperativos.

Mais de metade das cooperativas comercializam com países extracomunitários, algumas numa percentagem que oscila entre 10-50%.

J Bijman. Support for Farmers' Cooperatives, Final Report. Comisión Europea. Noviembre 2012

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