X
XLinkedinWhatsAppTelegramTelegram
0

Caso clínico: Leptospirose

A leptospirose pode trazer graves problemas reprodutivos numa exploração. Vê como se podem combater

2 Janeiro 2007
X
XLinkedinWhatsAppTelegramTelegram
0

Descrição da Exploração e Situação Sanitária



Descrição geral

O caso deste mês aconteceu numa exploração de produção de leitões (até aos 25 kg) de 500 porcas situada em França, numa zona de baixa densidade suína.

O maneio é semanal com 20 bandas e desmame às 3 semanas.

Realiza-se inseminação artificial com recolha de sémen na própria exploração e auto-substituiçao com primíparas F1 de 25-100 kg alojadas num local exterior.

As avós são compradas com 100 kg (6 meses) a um núcleo reconhecido.

As porcas alimentam-se com ração comercial sob a forma de sopa. A água de bebida é tratada e controlada.

A exploração tem um responsável da exploração (mais pós-desmame e sítios exteriores), um responsável de reprodutores e gestantes e finalmente um responsável da maternidade.


Situação da exploração

Não há uma estratégia definida nem divisão do trabalho.




Antecedentes



Antecedentes zootécnicos (dados do ano anterior)

Fertilidade por ecografia 90%
Prolificidade (nascidos totais/ninhada) 13,9
Nascidos mortos/ninhada 1,3

Antecedentes sanitários

- Exploração indemne de PRRS.

- Presença de infecções urinárias crónicas desde há vários anos que requerem uma detecção individual no final da gestação e um tratamento injectável de 3 dias (ceftiofur).

- Percentagem de positividade em nitritos de 15% (0% nas primíparas).

- Elevado nível de nascidos mortos durante o ano anterior com grande número de partos de longa duração e com a necessidade de assistir ao parto das porcas (envelhecimento do efectivo em período de crise).

- Circulação desde há um ano de parvovirus selvagem com serologias IHA heterogéneas de porcas multíparas e de primíparas negativas. Estabeleceu-se uma vacinação comum de rapell.


Aparecimento do Caso


- Desde há vários meses que se vem observando uma forte descida do rendimento reprodutivo:
- Índice de partos de 70%

- Prolificidade (nascidos totais/ninhada): 11

Esta descida corresponde a repetições (regulares e irregulares), porcas vazias mediante ecografia e sobretudo porcas diagnosticadas como gestantes mediante ecografia que, contudo, entram em cio sem presença de abortos visíveis mas com descargas vaginais purulentas em grande quantidade.


Preparação da Visita



Estudo dos resultados zootécnicos recentes (por número de parto)

Fertilidade (ecografia):

Primípara 1 2 3 4 5 6+
85% 83% 88% 83% 85% 89% 82%

Índice de partos:

Primípara 1 2 3 4 5 6+
68% 75% 68% 70% 80% 76% 69%

Mumificados:

Primípara 1 2 3 4 5 6+
0,35 0,27 0,40 0,41 0,30 0,24 0,35

Nascidos mortos:

Primípara 1 2 3 4 5 6+
0,80 0,78 0,86 0,90 1,30 1,60 1,80

Nascidos vivos:

Primípara 1 2 3 4 5 6+
9,62 9,70 9,85 10,20 10,50 10,20 11


Análises laboratoriais a realizar

Serologias (porcas): 30 amostras de soro de porcas gestantes de diferentes números de partos:

- PRRS (Elisa).

- Parvovirus (IHA).

- Leptospiras.

Abortos (se é possível)

- Bacteriologia

- PCR: PRRS, Parvovirus, Leptospiras.

Descargas vaginais: hisopos uterinos de primíparas antes deo primeiro parto.

Varrascos: espermiograma e recontagem bacteriana das doses para IA.

Neste momento, e ante um problema reprodutivo de tal magnitude, são numerosas as possíveis hipóteses:

- Problemas durante a IA : contaminação das doses, má higiene, etc. .

- Doença geral com repercussão sobre o aparelho reprodutivo: PRRS, leptospirose...

- Metrite de origem indeterminado.

- Problemas na adaptação das primíparas com contaminação do aparelho reprodutivo.

- Problemas alimentares (micotoxinas, …).



Visita à Exploração



1) Quarentena (no interior da exploração)

A cada 3 semanas entram na exploração entre 15 e 18 primíparas de entre 160 e 170 dias de idade e com um peso de 95 kg que permanecem na quarentena durante 35 a 37 dias.

As primíparas são heterogéneas, reagem ante desconhecidos e não apresentam problemas de cio durante os primeiros 5 dias após a sua chegada.

Respecto aos locais, estes consistem numa única sala (2 lotes) parcialmente limpa e desinfectada entre lotes, de solo húmido e deslizante com slat parcial.

A profilaxia implementada é a seguinte:

D 0 Vacina monodose contra micoplasma e contra a rinite (1)
D 1 Vermifugação oral
D 3 a D 8 Suplemento antibiótico: ácido oxalínico
D 14 Vacina contra o mal rubro + parvovirose (1)
D 28 Vacina contra rinite (2)
D 35 Vacina contra mal rubro + parvovirose (2)

Como plano de adaptação, uma vez por semana as primíparas colocam-se em contacto com restos de mumificados e membranas fetais procedentes da maternidade.

O veterinário não observa descargas vaginais nesta fase mas sim uma grande heterogeneidade das primíparas assim como vários casos de coxeiras (artrite, problemas nas unhas)


2) Local de preparação

As primíparas, alojadas individualmente e com slat posterior, são tratadas com um progestágeno sintético durante 18 dias. Continua a observar-se grande heterogeneidade entre os animales assim como presença de coxeiras (problemas nas unhas). Não se observam descargas.

Os locais apresentam bom estado em geral e uma boa higiene dos solos.


3) Gestantes

A sala de cobrição é comum para porcas e primíparas na que permanecem 42 dias após o desmame e a IA.

Observa-se como as entradas em cio após o desmame e o tratamento com o progestágeno são boas (desmame à 4ª feira = 90% de cios na 2ª feira à tarde). O estado corporal é bom (verificação da espessura da gordura dorsal e adaptação da ração).

Protocolo de IA clássico:

3 IA sem controle sistemático do reflexo de imobilização à 3ª IA (imobilização+ 24h + 36h + 48h).
Limpeza e secagem da vulva.
Lubrificação da sonda.
Presença de um varrasco.

Exame dos animais:

Banda desmame + 1 dia
1 primípara com descarga purulenta (final de tratamento com progestágeno). Nada a destacar nas porcas desmamadas.
Banda IA + 6 dias
20% de porcas com presença de pequenas crostas pegajosas na vulva mas sem se observar pus sobre as sondas de IA.
Banda IA + 13 dias
Mesma observação.
Banda IA + 20 dias
1 primípara com muito pus de uma cor esverdeado.
Banda IA + 27 dias (banda ecografia)
Detectadas 3 repetições e 2 porcas vazias mediante ecografia.
Banda IA + 34 dias
1 porca com muito pus à sua chegada (sem febre: 39°C) e 10% das porcas com vulvas com a parede interna irritada (sem febre: 38,5 - 39°C).
Banda IA + 41 dias (antes da saída)
5 porcas e 2 primíparas com presença de descargas após a ecografia e 4 com repetições.

Locais: no momento da IA o solo das salas encontra-se húmido.

Conclusão: presença de muitas descargas com mortalidade embrionária sobretudo entre os 21 e 42 dias de gestação.


4) Locais para varrascos

Os varrascos encontram-se alojados num local específico separado das porcas. O local encontra-se em muito bom estado de higiene.

Os controles sobre o sémen são muito bons tanto qualitativa como quantitativamente.

O protocolo de vacinação é o seguinte: parvovirose + mal rubro 2 vezes à chegada (primovacinação) mais dose de reforço cada 6 meses.


5) Gestantes confirmadas (alojadas em jaulas)

Animais
- Bom estado corporal.

- Presença de algumas descargas tardias mas raramente.

- Poucos abortos observados (só 1 durante o último mês que teve lugar aos 70 dias de gestação).
Locais
Nada a destacar

Conclusão: sem demasiados problemas reprodutivos nesta fase.


6) Maternidade

Salas lavadas e desinfectadas com um vazio sanitário de 2 dias.

Protocolo:

- Desinfecção da vagina antes do parto (gel iodado) e controle individual da urina com tiras reactivas com tratamento em caso de dar positivo para a presença de nitritos.

- Partos programados para as 4ª feiras.

- Precaução durante o tacto vaginal no caso de porcas com partos longos (15-20%): luvas + gel iodado assim como tratamento antibiótico injectável durante 3 dias para as possíveis complicações de metrites.

- Controlar a expulsão das placentas.

- Às 36 h após o parto, injecção com prostaglandinas para a involução uterina.

Conclusão: nesta fase observam-se poucos problemas de descargas.


Conclusão da Visita



Presença de descargas importantes e de mortalidade embrionária total ou parcial precoces em todas as paridades.

Devem ter-se em conta dois pontos importantes:

- As descargas apresentam-se sobretudo nas primíparas;

- As descargas são poucas após o parto.

As possíveis hipóteses são:

- Todos os animais são susceptíveis de ser afectados: hipótese de uma infecção geral contagiosa ainda que sem sintomas gerais visíveis (febre, ...).

- As descargas observam-se sobretudo após a IA: possível relação com a inseminação (dose, vagina contaminada,...).

- Descargas nas primíparas: infecção precoce anterior à IA que pode permanecer na vagina ou útero.

- Descarta-se, por ser pouco provável, um problema alimentar já que o problema dura desde há meses e a ração não é fabricada na exploração. Além do mais, todas as estruturas para realizar a alimentação em sopa estão limpas.



Resultados e Análises Complementares



Resultados das serologias para Leptospirose

Realizaram-se 31 serologias M.A.T. (Teste microscópico de aglutinação) realizadas em porcas gestantes de diferentes partos.

N°MC Sujeito COP 19 IH AUT 32 BAL GRIP 35 AUS BRAT 372 POM BAT SJ HJ WOLF SAX 296 TAR
250769 40061 0 0 0 0 0 0 800 400 0 0 0 0 400 100 400 200 400 800 400
250770 40104 0 0 0 0 0 200 800 400 0 0 0 200 200 200 400 400 400 800 800
250771 10093 0 0 0 0 100 400 800 800 0 0 0 200 400 0 400 200 400 800 800
250772 21314 0 0 0 0 0 0 800 400 0 0 100 400 400 200 400 200 400 800 400
250773 6584 0 0 0 0 0 400 800 800 0 0 0 400 800 0 0 0 0 0 0
250774 10000 0 0 0 0 0 0 400 200 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
250775 40109 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 400
250776 11453 0 0 0 100 0 0 0 0 0 0 0 0 0 100 200 100 100 200 0
250777 40170 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 100 400 200 200 800 0
250778 30044 0 0 0 0 0 0 400 100 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 200
250779 31242 0 0 0 0 0 0 200 0 0 0 0 0 100 0 0 0 0 0 800
250780 21659 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
250781 40238 0 0 0 0 0 0 200 100 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
250782 40365 0 0 0 0 0 0 100 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
250783 40336 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
250784 40258 0 0 0 0 0 0 400 200 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
250785 40369 0 0 0 0 0 0 100 0 0 0 0 0 0 0 200 100 400 400 0
250786 21644 0 0 0 0 0 400 400 200 0 0 0 100 0 400 400 400 400 800 800
250787 40337 0 0 0 200 200 0 400 200 0 0 0 0 200 0 200 0 400 800 800
250788 30001 0 0 0 0 0 0 200 100 0 0 0 0 0 0 0 0 0 100
250789 10853 0 0 0 0 0 0 100 0 0 0 0 0 200 0 0 0 0 0 800
250790 40290 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 200 100 0 100 100 200 800 400
250791 30167 0 0 0 0 100 0 100 0 0 0 0 0 0 0 200 100 200 800 800
250792 40070 0 0 0 0 0 0 200 100 0 0 0 200 200 100 100 100 200 200 0
250793 40022 0 0 0 100 100 0 200 0 0 0 0 0 200 0 100 0 200 200 0
250794 40071 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 200
250795 40383 0 0 0 0 0 0 200 100 0 0 0 0 100 0 0 0 0 0 200
250796 11015 100 200 200 0 0 0 100 0 0 0 0 0 200 0 0 0 0 0 200
250797 21680 0 0 0 0 0 0 200 100 0 0 0 0 200 0 0 0 0 0 400
250798 30340 0 0 0 0 0 100 400 200 0 0 0 0 400 100 400 100 200 800 700
250799 6131 0 0 0 200 0 0 400 100 0 0 0 0 0 0 200 100 100 400 400

Conclusão: infecção por Leptospiras. O nível de "circulação" não é frequente dada a escassa permanencia dos anticorpos.


Resultados das serologias para PRRS

Analizaram-se 31 soros mediante ELISA, resultando todos negativos.

Conclusão: confirmação do estatuto para PRRS da exploração. O PRRS não é o responsável da patologia observada.


Resultados das serologias para Parvovirus

Realizaram-se 19 serologias mediante IHA em amostras de porcas gestantes de diferentes paridades (limite de positividade: 160).

N°ordem Animal
IHA PARVO
1 40061 640
2 40104 40
3 10093 1280
4 21314 2560
5 40109 20
6 11453 640
7 40170 20
8 30044 1280
9 21242 1280
10 40238 20
11 40258 20
12 21644 640
13 30001 320
14 10853 320
15 40290 20
16 30167 5120
17 40071 160
18 11015 2560
19 6131 2560

Conclusão: sem titulos maiores ou iguais a 5120 o que assinala uma forte circulação recente. O parvovirus não parece ser responsável da patologia observada.


Resultados dos hisopos vaginais

Analizaram-se 3 hisopos vaginais em primíparas concordantes com E. coli conm o antibiograma seguinte:

Antibióticos Interp* Diâmetros medidos (mm) Diâmetros críticos (mm) CMI calculados (mg/ml) CMI críticos (mg/ml)
S I R
Aminósidos
Gentamicina (10 UI) x 20 14-16 1,00 4-8
Espectinomicina x 13 20 >64 64
Apramicina x 17 12-15 8,00 16-32
Neomicina x 20 15-17 4,00 8-16
Beta-lactâmicos Aminopenicilinas
Amoxicilina x 7 14-21 64,00 4-16
Beta-lactâmicos de primeira geração
Ceftiofur x 29 17-21 0,13 2-8
Fluoroquinolonas
Enrofloxacinas x 24 17-22 0,25 0,5-2
Marbofloxacina x 26 15-18 0,25 1-2
Polipeptidos
Colistina x 18 15 <2 2
Quinolonas de 1ª geração
Ácido oxalínico x 10 17-20 16,00 2-4
Flumequina x 14 21-25 32,00 4-8
Sulfamidas & associações
Trimetoprim + sulfamidas x 7 10-16 16,00 2-4
Trimetoprim x 7 12-16 16,00 4-8
Tetraciclinas
Tetraciclinas x 7 17-19 256,00 4-8
Doxiciclina x 7 17-19 256,00 4-8
(*S: sensível - I: intermédio - R: resistente)



Abortos

Não se realizaram análises.


Resultados dos espermiogramas

Analizaram-se 5 varrascos: sémen de boa qualidade, ausência de cultivos bacterianos significativos às 24, 48 e 72 h.


Diagnóstico, Medidas e Evolução



Diagnóstico

Segundo os resultados reprodutivos, das análises e do quadro clínico observado trata-se da circulação de uma infecção por leptospiras mais metrite devida a E. coli sendo as primíparas portadoras antes da 1ª IA (contaminação da vagina ou do cérvix uterino).


É difícil estabelecer em que percentagem é responsável cada um destes factores de forma que é difícil por em marcha um plano de intervenção para as duas etiologias.


Medidas tomadas

1) Medidas para a leptospirose

Desratização completa de toda a exploração.

Tratamento geral de todo o efectivo reprodutor com oxitetraciclina durante 12 dias via oral. Repetição do tratamento ao fim de 1 mês.

Realização de serologias para presença de leptospiras 2 meses depois do segundo tratamento:
- se a circulação é débil: tratamento com oxitetraciclina cada 4 meses.

- se a circulação é forte: tratamento individual de todas as porcas com estreptomicina.


2) Medidas para as primíparas

Quarentena

- Desinfecção da vagina à chegada (gel iodado).

- Tratamento oral com oxitetraciclina durante 10 dias após a entrada.

- Secagem e ventilação do solo.

Local de preparação: após o tratamento com o progestágeno tratar 3 dias com ceftiofur.


3) Medidas a ter em conta durante a IA de todas as cerdas

Antes do desmame: desinfecção da vagina.

Durante a IA: tratamento antibiótico (ceftiofur) durante 2 dias.

Higiene dos solos: raspar os solos 2 vezes por dia e utilizar um secante bactericida.

Supressão da 3ª IA já que poderia ser, em alguns casos, traumática e fonte de infecção num momento de menor resistência do útero.


Evolução

Após a primeira banda tratada (tratamento geral e tratamento individual na IA) já se observam melhoras nos resultados ainda que todavia se observe mortalidade embrionária em algumas porcas.

Durante a segunda serologia para leptospirose observa-se uma forte diminuição da circulação ainda que continue presente. Os resultados de um controle realizado nas primíparas antes da saída da exploração de engorda mostrou positividade.

Após a visita à exploração confirma-se a hipótese da existência de umas condições de criação das primíparas pouco óptimas:

- Solos com cama acumulada desde há um ano e com as vulvas em contacto permanente com os excrementos.

- Infestação de roedores (visíveis durante a visita).

- Alimentação em sopa mal controlada (heterogeneidade das condições corporais).

Actualmente a fase compreendida entre os 25 e os 100 kg foi realizada na sala de maternidade com uns primeiros resultados que parecem prometedores.


Comentários



O presente caso, caracterizado por uma forte diminuição do rendimento reprodutivo das porcas, apareceu numa exploração francesa de 500 porcas situada numa região com baixa densidade porcina.

No final concluiu-se que se tratava de um problema devido a leptospirose.

A decisão para realizar o diagnóstico neste caso foi:

1. Análise dos dados reprodutivos

1-1 Determinar em que período da gestação aparecia o problema

- Índice de fertilidade mediante ecografia: o problema situa-se entre a IA e os 21 a 28 dias após a IA.

- Índice de partos: o problema situa-se entre a IA e IA + 114 dias.

1-2 Determinar se a mortalidade embrionária era total e/ou parcial

- Prolificidade nascidos totais/ninhada.

- Mumificados/ninhada.

1-3 Determinar as porcas em risco

Estudo dos resultados por número de parto: nulíparas, primíparas, multíparas.

Estudo da fertilidade das porcas com repetições.

Mortalidade embrionária total e parcial na grande maioria de nulíparas e de porcas essencialmente entre os 21 e 42 dias de gestação, acompanhada de descargas purulentas.

2. Realização de análises complementares para conhecer o estatuto em relação aos principais patógenos causantes de problemas reprodutivos:

PRRS, Parvovirus, Leptospiras, etc…

Forte circulação de leptospiras que traduz numa infecção.

3. Visita à exploração e exame clínico dos animais

- Validar a presença ou ausância de descargas visíveis assim como a presença ou ausência de sinais característicos de uma doença infecciosa (hipertermia, etc.).

- No caso de presença de descargas, determinar a relação com a abertura do cérvix uterino.

- Determinar a existência de maneios de risco que possam favorecer o aparecimento de problemas reprodutivos e de infecção (adaptação das nuliparas, parto, IA).

Nulíparas portadoras de infecção genital resistente aos tratamentos clássicos, com amplificação após a IA.

Comentários ao artigo

Este espaço não é uma zona de consultas aos autores dos artigos mas sim um local de discussão aberto a todos os utilizadores de 3tres3
Insere um novo comentário

Para fazeres comentários tens que ser utilizador registado da 3tres3 e fazer login

Não estás inscrito na lista Última hora

Um boletim periódico de notícias sobre o mundo suinícola

faz login e inscreve-te na lista

Não estás inscrito na lista A web em 3 minutos

Um resumo semanal das novidades da 3tres3.com.pt

faz login e inscreve-te na lista