Devido ao desafio sem precedentes que estamos a enfrentar actualmente, como resultado da pandemia do COVID-19, na 3tres3 queremos contribuir com a criação de material que ajude os produtores de porcos e os trabalhadores agro-pecuários em geral a manterem-se saudáveis. Como nas infografias anteriores, o objectivo deste vídeo é continuar a promover as melhores práticas de biossegurança. Neste caso, as nossas recomendações de biossegurança estão dirigidas à prevenção da transmissão do SARS-CoV-2 entre os grupos de trabalho na exploração. Esperamos que o vídeo seja útil para demonstrar as seguintes 5 medidas:
1. Organize os trabalhadores da exploração em equipas segundo as áreas de produção e maximize as distâncias entre equipas, tanto temporária como espacialmente
Para reduzir a propagação da doença num grupo de trabalhadores agro-pecuários, é recomendável maximizar as distâncias entre os mesmos, sempre que possível. Em explorações suficientemente grandes, o espaçamento entre as pessoas pode ser praticado tanto dentro quanto entre as equipas de produção (ou seja, parto, criação, desmame e engorda). Devem ser separados tanto quanto possível no tempo (ou seja, tempos de chegada e descanso separados), assim como por espaços. É importante destacar que devem ser consideradas, inclusive, as actividades fora da exploração. No vídeo, colaboradores de grupos diferentes (ou seja, trabalhadores 1-2 e 3-4) não devem partilhar o mesmo veículo para chegar à exploração. Se algum trabalhador não se estiver a sentir bem, deve ficar em casa. No vídeo, também se mostra que, embora o Trabalhador 2 possa sentir-se bem, ainda há uma chance de estar infectado e a eliminar SARS-CoV-2 antes de mostrar sinais clínicos óbvios de COVID-19. Não esquecer que algumas pessoas infectadas podem mostrar sinais clínicos muito leves (como secreção nasal, espirros e tosse) comuns a muitos outros processos, como constipações comuns ou alergias. Finalmente, o vídeo exemplifica o uso estratégico de uma programação, separada com 1 hora de diferença, das equipas de trabalhadores ao iniciar o seu dia de trabalho. O tempo requerido pode ser ajustado segundo seja necessário para manter as áreas comuns (ou seja, salas de entrada, duches, vestiários, etc) limpas e livres de tráfico.
2. Precauções para diminuir a dispersão de partículas de aerossol
Deve-se sempre prestar atenção especial à tosse e espirros para o cotovelo enquanto uma máscara não pode ser usada (por exemplo, enquanto se come). O SARS-CoV-2 replica-se nas células que revestem o sistema respiratório e a principal via de excreção é através de partículas de aerossol de fluidos respiratórios, misturadas com muco e saliva do tracto respiratório superior. Sempre que falamos, tossimos ou espirramos, geramos partículas de aerossol de diferentes tamanhos. Essas partículas podem ser inaladas ou depositadas nas membranas mucosas de pessoas susceptíveis, directa ou indirectamente, que podem infectá-las. Deve prestar-se especial atenção às partículas maiores, também chamadas "gotas" ("droplets" em inglês), já que são as mais infecciosas. Estas partículas podem conter grandes quantidades de vírus. Devido ao seu tamanho, as gotas depositam-se mais rapidamente por gravidade. A separação entre pessoas aproveita este fenómeno para diminuir a possibilidade de transmissão directa de pessoa para pessoa. No entanto, quando contaminam um objecto inanimado, podem criar um fómite que pode desempenhar um papel na transmissão indirecta para outra pessoa. O muco respiratório na gota ajuda o vírus a permanecer infeccioso durante períodos maiores no meio ambiente. A possibilidade de que uma pessoa, aparentemente sã, elimine o vírus através de partículas de aerossol é uma das principais razões para usar uma permanentemente uma máscara facial no trabalho, especialmente quando a distância entre pessoas não pode ser respeitada.
3. Evite tocar na cara (olhos, nariz e boca)
Além da inalação de partículas de aerossol, uma das principais vias de infecção é a contaminação das mãos de uma pessoa que depois leva o vírus à cara. Uma vantagem chave de usar sempre uma máscara é que ajuda os trabalhadores a não levar as mãos à cara. As máscaras também evitam a contaminação das mãos / luvas com fluídos respiratórios de uma pessoa que potencialmente está a eliminar vírus e, em última instância, pode criar fómites ao tocar em outras superfícies. No vídeo, põe-se uma ênfase especial no uso de máscaras faciais pelos colaboradores enquanto estejam a fazer as suas tarefas e falem entre eles.
4. Lave as mãos com frequência com água e sabão durante pelo menos 20 segundos
Do mesmo modo que para outros agentes patogénicos, as partículas virais são inactivadas pela poderosa ferramenta formada por água e sabão. É recomendado de forma rigorosa lavar as mãos de uma forma minuciosa e frequente para evitar a transmissão da doença antes de mexer em outras superfícies ou na própria cara. O vídeo ressalta a sequência correcta de tirar o equipamento de protecção individual (EPI) potencialmente contaminado (por exemplo, a máscara) antes de se lavarem as mãos. Quando removido de forma correcta todo o equipamento de protecção individual antes de lavar as mãos, ajuda-se a prevenir a contaminação cruzada das mesmas.
5. Limpe e desinfecte frequente as áreas comuns e superfícies
O papel das gotas na transmissão do vírus já foi enfatizada. Uma vez programados descansos para que as equipas de trabalho comam separadamente e garantam as distâncias mínimas enquanto falam e socializam, é fundamental limpar e desinfectar as áreas comuns mais importantes antes da entrada da próxima equipa de trabalho, evitando assim a contaminação cruzada.
Agora mais que nunca, a sociedade reconhece que é importante o trabalho das pessoas envolvidas em serviços essenciais como a produção de alimentos para o bem-estar de todos. Esperamos que este material chegue ao máximo de produtores possível e ajude a proteger a sua saúde e a de quem os rodeia. Proteja-se e, com sorte, num futuro próximo, teremos a oportunidade de fazer uma visita juntos pela exploração novamente.