18 de Janeiro de 2013
Mercado calmo em Portugal neste início de ano que teve como consequência a manutenção de preço na Bolsa do Porco o que é demonstrativo do equilibrio entre a oferta e a procura de porcos. Preço estável mas em patamares elevados. Mas será que os patameres de preço são assim tão elevados?
Na primeira semana do ano a FPAS, através da sua newsletter semanal, informou que a Bolsa do Porco iria apenas fornecer informação das variações de preço, para já, durante os dois primeiros meses do ano deixando a entender que este prazo poderá ser estendido. Creio que este facto não contribui para uma maior transparência no mercado do porco Nacional e é sintomático de que as cotações que a Bolsa emanava semanalmente estariam afastadas da realidade dos preços pagos aos produtores, tal como referi no meu último comentário do ano.
Com efeito, as informações de que dispunha permitiram-me referir que a média das cotações da Bolsa foi muito superior ao preço médio recebido pelos produtores e creio não estar nada enganado quanto a essa afirmação.
Será que esta posição da Bolsa, de não fornecer preço, estará ligada à existência de um diferencial grande entre o preço definido na Mesa de Cotações e o preço de mercado? É bem provável, para não dizer: seguramente que sim!
Nos mercados Europeus, as cotações também sofreram poucas oscilações. As reduções de abates devidos aos feriados de Natal e Ano Novo estão a ser vistos de forma diferente nos vários Países. Uns acham que os porcos que existem a mais serão rapidamente absorvidos pelo mercado e que não vale a pena baixar preço aos porcos pois a descida implicaria a redução do preço da carne. Outros acham que deverão reduzir o preço da carne, e para isso baixam o preço dos porcos, absorvem os atrasos e depois, quando houver menos porcos, logo voltarão a subir o seu preço.
Assim, e considerando este raciocíno, a Espanha manteve o seu preço nesta primeira quinzena do ano optando pela estabildade, tal como a França que anda a subir e a descer milésimas de euro.
Por outro lado, a Alemanha baixou 3 cêntimos acabando por arrastar a Holanda e a Bélgica numa idêntica redução de cotação, tendo a Dinamarca também descido 2 cêntimos.
As cotações dos principais Países Europeus e a sua comparação, podem ser consultados na nossa página em Cotações do suino
Inicia-se um novo ano que é um ano transcendental para a suinicultura Portuguesa e Europeia. Aguardamos com especial atenção as informações que deverão ir chegando ao mercado sobre as possíveis reduções de efectivo devido à implementação das normas de bem-estar animal e os impactos que as mesmas deverão ter na redução da oferta e, evidentemente, na subida das cotações dos porcos.
Este deverá ser um factor positivo para os produtores a que se deve juntar a descida do preço das matérias-primas que ocorreu no final de 2012 e continua no início de 2013 e que já levou à redução do preço das rações em alguns fabricantes e que terá um efeito muito positivo na redução dos custos de produção.
Espera-se que 2013 seja um ano excelente para os suinicultores. Esperemos que assim seja!