Foi detectado um surto de Peste Suína Africana na Ucrânia, cujas medidas de controlo impostas com prontidão conseguiram deter temporariamente. Apesar disso a doença está introduzida no Cáucaso e representa um risco acrescido para as zonas vizinhas. Por isso, países vizinhos como a Moldávia, o Cazaquistão e a Letónia, no quais o efectivo é muitas vezes criado em explorações familiares (sem protocolos acrescidos de bio-segurança) também apresentam um risco elevado de introdução da doença.
A Ucrânia conseguiu deter temporariamente a doença porque pagou indeminizações aos criadores pelos porcos abatidos e correctamente eliminados (as famílias pobres que dependiam exclusivamente desta fonte de rendimento) e impôs rápidas medidas de controlo que incluíram:
• medidas sanitárias;
• destruição de cadáveres afectados;
• imposição de zonas de quarentena à volta da povoação onde apareceram os surtos.

Antes de se introduzir no Cáucaso, em 2007, a doença tinha ficado confinada ao continente africano e à ilha da Sardenha.
Hoje em dia é também endémica em algumas zonas da Federação Russa, onde em 2011 foram abatidos 300000 porcos em consequência da mesma, bem como alguns países do Cáucaso.
Na Península Ibérica a doença encontra-se erradicada desde meados da década de 90, após muito trabalho, tanto dos serviços veterinários como dos próprios produtores.
Em estudos da FAO foi verificado que 97% das novas infecções em porcos se deviam à sua alimentação com restos e sobras domésticas, pelo que recomenda a proibição da alimentação dos animais com este tipo de alimentos.
www.fao.org 20de Agosto de 2012