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Vacinas contra o PCV2

Este artigo descreve as principais características das vacinas comerciais para combater a circovirose suína.

9 Agosto 2024
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A Síndrome Multissistémica do Emagrecimento Pós-Desmame ou Circovirose Suína é uma das doenças mais importantes que afectam os suínos em todo o mundo.

No final da década de 1990, surgiu amplamente na Europa e na América do Norte.

Já em 1996, o circovírus suíno tipo 2 (PCV2) foi associado a esta síndrome, mas só em 2007 surgiram as primeiras vacinas comerciais contra o PCV2.

Existem diferentes opções de vacinas no mercado, que diferem em termos de desenho da vacina, genótipos incluídos, via de administração e se são combinadas ou não.

Desenho e genótipos incluídos

Todas as vacinas contra o PCV2 são inactivadas.

Existem no mercado vacinas que contêm o vírus inteiro inactivado, vacinas que contêm uma subunidade antigénica e vacinas que utilizam tecnologia de ADN recombinante para produzir antigénios específicos do PCV2.

A maioria das vacinas contém apenas o genótipo PCV2a, mas existem também vacinas que contêm tanto o PCV2a como o PCV2b.

Protecção

As vacinas contra o PCV2 não previnem a infecção, mas são úteis para reduzir significativamente os efeitos da doença, Por conseguinte, os vários registos incluem indicações como "para a imunização activa de suínos para reduzir a carga viral nos tecidos linfóides e no sangue e para reduzir a mortalidade e a perda de peso associadas à infecção pelo PCV2 que ocorre durante o período de engorda" ou "imunização activa de leitões para reduzir a excreção fecal de PCV2 e a carga viral no sangue e como ajuda para reduzir os sinais clínicos associados ao PCV2, incluindo a debilitação, a perda de peso e a mortalidade, bem como a redução da carga viral nos tecidos linfóides associada à infecção pelo PCV2".

Número de doses

As vacinas para utilização em leitões são, na sua maioria, de dose única, embora algumas vacinas incluam no seu registo a possibilidade de utilização em bidoses.

As vacinas registadas para utilização em porcas nulíparas e reprodutoras requerem uma primeira vacinação, seguida de uma segunda aplicação 3-4 semanas mais tarde. No caso da utilização em porcas reprodutoras, são necessárias doses de reforço 2 a 4 semanas antes do parto.

Vacinas combinadas

Há uma grande variedade de possibilidades no mercado.

Por um lado, temos vacinas devidamente combinadas, que na mesma apresentação incluem o antigénio da PCV2 e o antigénio de outro agente infeccioso, que neste caso é sempre o Mycoplasma hyopneumoniae.

Por outro lado, há vacinas que, embora não sejam combinadas, o seu registo permite a sua administração misturada com outras vacinas com dispositivos especiais indicados para esse uso. Noutros casos, são dadas indicações sobre a possível administração simultânea com outras vacinas, embora em dois pontos de aplicação diferentes.

Nestes casos, a vacina com a qual pode ser misturada dependerá de cada vacina comercial, pelo que é essencial seguir as indicações da ficha técnica tanto para a mistura ou administração simultânea como para a conservação da vacina misturada. Estas opções incluem sempre vacinas para a prevenção da pneumonia enzoótica e, por vezes, para a prevenção da PRRS ou mesmo da ileíte causada pela Lawsonia intracellularis.

Via de administração

A maioria das vacinas é administrada pela via intramuscular tradicional, com volumes de 0,5, 1 ou 2 ml, dependendo da vacina.

Também estão disponíveis no mercado vacinas intradérmicas, que são administradas através de dispositivos desenvolvidos para aplicação sem agulha e funcionam com volumes de dose muito menores (0,2 ml).

Início e duração da imunidade

A este respeito, existem poucas diferenças entre as diferentes vacinas.

A vacinação dos leitões é recomendada a partir da segunda ou terceira semana de idade.

O estabelecimento da imunidade, de acordo com as fichas técnicas, ocorre duas a três semanas após a vacinação.

A duração da imunidade nas fichas técnicas varia entre 17 semanas e 22 a 23 semanas, que é o período indicado pela maioria das fichas técnicas.

Uso em reprodutoras

Se analisarmos a ficha técnica, verificamos que existem diferenças entre as várias vacinas existentes no mercado.

Algumas vacinas estão especificamente registadas para utilização em porcas nulíparas e reprodutoras, outras especificam que podem ser utilizadas em porcas gestantes e lactantes mas, noutros casos, a sua utilização não é autorizada nestes animais.

Actualmente, a vacinação contra o PCV2 está generalizada. É seguro dizer que as vacinas para a prevenção da circovirose suína têm sido uma história de sucesso.

No entanto, existem diferentes opções e é importante conhecer as diferenças entre elas, de modo a aplicar em cada caso a opção que melhor se adapta às necessidades de cada exploração ou sistema de produção.

Redacção 333

Consulta o "guía de doenças" para mais informação

Circovirose suínaO circovírus suíno tipo 2 produz uma doença com grande impacto económico. Clinicamente apresenta-se como uma doença de ausência de crescimento, uma doença muito lenta e progressiva com um alto índice de mortalidade. Também se pode apresentar como um síndrome de dermatite e nefropatía suína com alta mortalidade.

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FAQs

Quando surgiram as primeiras vacinas comerciais contra o PCV2?

Embora desde 1996 esteja associado o Circovírus Suíno Tipo 2 (PCV2) com a chamada Síndroma Multissistémica do Emagrecimento Pós-Desmame, somente em 2007 surgiram as primeiras vacinas comerciais contra o PCV2.

Que genótipos contêm as vacinas contra o PCV2?

A maioria das vacinas contém apenas o genótipo PCV2a, mas também existem vacinas que contêm PCV2a e PCV2b.

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