Colite

A colite é uma infecção do intestino grosso principalmente em porcos de 6 - 14 semanas de idade que se caracteriza por diarreia sem sangue e com pouco ou nenhum muco.

Nomes alternativos: Colite por espiroquetas, espiroquetose intestinal suína, colite não disenterica, Brachyspira pilosicoli

Informação

"Colite" significa inflamação do intestino grosso. Em alguns países é frequente em porcos em crescimento e caracteriza-se por diarreia. É pouco frequente quando são utilizados alimentos produzidos com cereais cultivados na própria exploração.

Os animais afectados têm normalmente entre 6 e 14 semanas de vida e pode afectar 50% dos animais de qualquer grupo. Não afecta normalmente leitões lactantes ou animais adultos. Podem ser observados casos esporádicos em animais adultos. Vários organismos têm sido implicados, no entanto parece que a Brachyspira pilosicoli, um organismo parecido ao que causa a disenteria suína, tem um papel importante.

Sintomas

Porcas e leitões lactantes

  • Não são afectados.

Transição e engorda

  • Normalmente aparecem em porcos de crescimento rápido de 6 a 14 semanas de idade com alimentação ad libitum de dietas de alta densidade.
  • Primeiros signos:
    • Fezes pastosas de aspecto parecido às fezes de vaca, sem sangue e com pouco ou nada de muco.
    • Os animais não mais sintomatologia.
  • A medida que se agrava:
    • Diarreia aquosa.
    • Desidratação.
    • Perda de condição corporal.
    • Crescimento comprometido.

Causas / Factores que contribuem

  • Factores da dieta. A doença é observada com todo o tipo de dietas sendo mais comum nas dietas granuladas do que nas farinadas. Acredita-se que o processo de granulação pode ter um efeito sobre as gorduras usadas no alimento, dando origem a transtornos digestivos no intestino grosso.
  • É mais frequente em dietas com alto teor de energia e proteína (14,5 MJ ED/kg, 21% proteína).
  • Alguns ingredientes do alimento também podem potenciar.
  • É frequente com a utilização de alimentos compostos onde é incorporada gordura para facilitar a pelletização.
  • O fluxo continuo de animais é um factor predisponente para o aparecimento desta afecção.

 

 

Diagnóstico

Baseia-se na análise dos sinais clínicos e na eliminação de outras causas de diarreia, em particular disenteria porcina. É necessário o exame de amostras de fezes em laboratório para ajudar no diagnóstico juntamente com necropsias e análises laboratoriais de um animal não tratado sacrificado para este fim. É possível que a enteropatia suína esteja implicada.

Controlo/Prevenção

  • A terapia com antibióticos nem sempre têm êxito, porque depende da presença de bactérias primarias ou secundarias, mas as seguintes moléculas usadas no alimento têm dado respostas em explorações com problemas.
    • Dimetridazol
    • Lincomicina
    • Monensina
    • Oxitetraciclina
    • Salinomicina
    • Tiamulina
    • Tilosina
  • Para tratar os animais individualmente podemos obter resultados com injecções diárias de tiamulina, lincomicina, tilosina ou oxitetraciclina.
  • Pode-se considerar o uso de óxido de zinco no alimento a uma dose de 2 a 3 kg por tonelada já que, duas semanas depois de retirar o zinco que se usa para prevenir a enterite por E. coli ao desmame, pode aparecer a colite.
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