Quais são os protocolos de biosseguridade essenciais?

05-Fev-2025
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A conscientização e o compromisso de todos os envolvidos na produção suinícola são fundamentais para minimizar riscos e proteger a saúde dos rebanhos.

O Senecavírus é um vírus não envelopado, pertencente à família Picornaviridae que está constantemente associado a surtos de doença vesicular em suínos e foi relatado em vários países desde seu primeiro surto em grande escala em 2014. A infecção pode ocorrer em suínos de todas as idades e, embora os sintomas não sejam tão severos quanto os causados por outros vírus, como o da peste suína clássica (PSC), os surtos podem levar a perdas econômicas consideráveis devido ao abate de animais e restrições comerciais.

A entrada e disseminação do Senecavírus representam um desafio significativo. As características do vírus, como sua resistência em ambientes favoráveis e seu potencial para sobreviver em materiais contaminados, exigem que as granjas adotem medidas rigorosas de controle.

Estudos apontam que fatores como o tamanho da propriedade, os procedimentos de descarte de carcaças, a entrada de animais de reposição, falhas nos protocolos de biosseguridade e outros fatores poderiam estar associados à introdução do vírus em propriedades suscetíveis. Ingredientes da ração, roedores e insetos também foram sugeridos como potenciais vetores do Senecavírus em granjas de suínos. A transmissão do Senecavírus entre suínos resulta do contato direto com secreções oro-nasais, fezes e fluidos vesiculares provenientes de suínos infectados.

Neste contexto, a adoção de protocolos rígidos de biosseguridade são essenciais para mitigar o risco de introdução e disseminação do Senecavírus. Algumas práticas essenciais incluem:

Controle de pragas: Estudos recentes relatam que RNA do Senecavírus foi detectado em fezes e intestino de roedores, caixas de iscagem e moscas coletadas em fazendas positivas para Senecavírus, mostrando seu potencial papel como vetor do vírus. Assim sendo, é essencial que se tenha um programa consistente para controle integrado de roedores e moscas. Tais programas devem contar com educação continuada dos colaboradores, monitoramento constante e utilização de produtos que sejam adequados, efetivos e seguros.

Manejo adequado de carcaças: Um protocolo rígido para manejo adequado de carcaças é essencial para evitar a disseminação do vírus. Dessa forma o descarte adequado de carcaças, assim como a desinfecção de todos os equipamentos e veículos utilizados para o manejo e transporte de tais carcaças. Procedimentos de higiene pessoal dos funcionários que realizam estes manejos também deve ser realizados, já que pesquisas apontam altos índices de contaminação em EPIs e roupas de funcionários em fazendas positivas para o Senecavírus.

Desinfecção de equipamentos e veículos: procedimentos de desinfecção de veículos são essenciais para evitar a introdução do patógeno em granjas, pois caminhões de ração e de transporte de animais são potenciais carreadores do vírus entre propriedades. Utilização de pedilúvios para desinfecção de botas também devem ser adotados, já que estudos apontam alta prevalência do vírus em botas utilizadas por funcionários em granjas positivas. É fundamental que se utilize produtos com eficácia comprovada e rápida ação contra o vírus.

Limpeza e desinfecção das instalações: trabalhos científicos recente atestam o isolamento do vírus em bebedouros, comedouros, ventiladores, solo e paredes, assim sendo, um programa robusto de limpeza e desinfecção é essencial para prevenir e controlar a transmissão e disseminação ambiental do vírus. A utilização de detergentes adequados é essencial para que se tenha um processo de limpeza eficaz. A escolha do(s) desinfetante(s) deve levar em conta a eficácia do produto contra o vírus, o tempo de contato, segurança na utilização e diluição. É fundamental sempre seguir as recomendações do fornecedor.

Educação e Conscientização: A capacitação dos trabalhadores rurais sobre a importância da biosseguridade e a identificação de sintomas são fundamentais para a resposta rápida a possíveis infecções.

Nesse contexto, o enfrentamento do Senecavírus na suinocultura requer uma abordagem robusta de biosseguridade. A conscientização e o compromisso de todos os envolvidos na produção suinícola são fundamentais para minimizar riscos e proteger a saúde dos rebanhos. Medidas preventivas eficazes não apenas protegem a produção, mas também asseguram a sustentabilidade da indústria, garantindo o bem-estar animal e a segurança alimentar.

A Lanxess Biosecurity Solutions é líder mundial em biosseguridade e possui um portfólio completo para garantir a segurança na produção de granjas suinícolas. Entre em contato com nossa equipe e conheça mais sobre nossas soluções para prevenção e controle do Senecavírus.

 

Referências:

Joshi LR, Mohr KA, Clement T, Hain KS, Myers B, Yaros J, Nelson EA, Christopher-Hennings J, Gava D, Schaefer R, Caron L, Dee S, Diel DG. 2016. Detection of the emerging picornavirus Senecavirus A in pigs, mice, and houseflies. J Clin Microbiol 54:1536 –1545. doi:10.1128/JCM.03390-15.

Milanez Preis, Guilherme. (2022). Senecavirus A in pigs: Epidemiology, Transmission, and Diagnosis. Retrieved from the University Digital Conservancy, https://hdl.handle.net/11299/257097.

Preis G, Sanhueza JM, Vilalta C, Vannucci FA, Culhane MR and Corzo CA (2022) Senecavirus A seroprevalence and risk factors in United States pig farms. Front. Vet. Sci. 9:1011975. doi: 10.3389/fvets.2022.1011975

 

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