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Simpósio sobre suínos e aves de capoeira da PHILEO reduzir a utilização de antibióticos: transformara a mudança em oportunidade

Um ano após o simpósio sobre aves de capoeira de São Paulo, no Brasil, a Phileo Lesaffre Animal Care organizou com grande êxito um simpósio dedicado a suínos e aves de capoeira que decorreu em Roma (Itália) nos dias 24 e 25 de outubro.

30 Novembro 2017
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Phileo

Cerca de 300 participantes oriundos dos 5 continentes (45 países) acompanharam esta iniciativa cujo tema central era a redução dos antibióticos e as oportunidades colocadas por um mercado mundial em plena mutação neste tema da atualidade.
Em pleno centro de Roma, a cidade eterna, a primeira sessão plenária da tarde permitiu lançar as bases à escala mundial: “O nosso desafio é produzir mais com menos, e a humanidade está no cerne das nossas preocupações”, esclareceu Frédérique Clusel, Diretora Geral da Phileo Lesaffre Animal Care, na abertura do simpósio.

Uma preocupação mundial

O simpósio de Roma permitiu tirar uma conclusão marcante: a redução da utilização dos antibióticos é alvo de uma tomada de consciência mundial, e a vintena de conferencistas internacionais que se foram sucedendo ao longo dos dois dias demonstraram-no claramente, pela via de intervenções econômicas, técnicas ou científicas.
Na vertente económica, usou da palavra na primeira sessão plenária da tarde o consultor brasileiro Osler Desouzart, que destacou a importância da Ásia, nomeadamente da China. “A Ásia será responsável por mais de metade do aumento da produção mundial de carne que se espera vir a ocorrer até 2026, tendo a China como locomotiva”, lembrou Osler Desouzart. Segundo este orador, as produções animais serão confrontadas no futuro com uma carência de terra e de disponibilidade de água a nível mundial. “Até 2026, 75% da produção de aves de capoeira estará concentrada em 26 países”, acrescentou o consultor brasileiro, que considera vir a ser possível produzir sem antibióticos graças à evolução da ciência e das biotecnologias.
"A segurança alimentar é uma preocupação crescente das autoridades chinesas, que estão atualmente implementando um sistema de supervisão do uso dos antibióticos”, afirmou em seguida o consultor chinês, Dr. Rongsheng Qiu. Segundo ele, a associação dos consumidores chineses tem um peso relevante no debate científico, e os profissionais da pecuária recorrem cada vez mais às alternativas aos antibióticos, nomeadamente às enzimas em pleno desenvolvimento na China. Afirmações complementadas mais tarde pelas da investigadora americana Shawn Bearson, que lembrou os esforços encetados nos Estados Unidos desde janeiro de 2017 pela USDA para desenvolver alternativas aos antibióticos que favorecem a resposta imunitária dos animais e a saúde humana, e destacou o interesse dos pro e prebióticos.

Uma realidade das empresas

O simpósio de Roma deu ainda a palavra a inúmeras empresas do setor animal ou de distribuição, para as quais a redução dos antibióticos é uma realidade quotidiana. “A Itália é o terceiro consumidor de antibióticos para os animais de criação na Europa, e a Coop Italia arrancou, a partir de maio passado, com a venda dos seus primeiros produtos provenientes de explorações agrícolas desejosas de reduzir os antibióticos ou mesmo de os suprimir”, comentou Chiara Faenza, responsável pela Sustentabilidade e Inovação da Coop Italia, um dos principais grupos de distribuição italianos (com cerca de 19% do mercado dos super e hipermercados). “Pusemos em prática um plano de ações estratégicas que visa cuidar da saúde intestinal dos suínos saídos de porcas prolíficas no momento do desmame”, esclareceu Carlo Lasagna, do grupo agroalimentar italiano Martini, que atua em inúmeros setores (suínos, aves de capoeira, coelhos). Estas afirmações foram corroboradas no decurso da sessão sobre suínos pelas de Mathieu Gloaguen, encarregado da estação experimental da Cooperl. “A formação de criadores e veterinários e a procura de soluções alternativas que fortaleçam a imunidade dos animais constituem as alavancas de uma estratégia de longo prazo que deve ser assumida por todos os intervenientes”, explicou Mathieu Gloaguen. Atualmente, 1,7 milhões de suínos são criados sem antibióticos no seio da Cooperl, cuja estratégia está voltada, nos últimos dois anos, para a limitação do uso dos antibióticos.

As promessas da ciência

A ciência esteve de igual modo nos temas centrais do simpósio de Roma, tanto nas sessões plenárias como nas duas sessões dedicadas ao suíno e à ave de capoeira, tendo estas sido objeto de tradução simultânea em seis línguas (inglês, italiano, espanhol, mandarim, francês e russo). “Os nossos conhecimentos sobre a microbiota intestinal ainda estão no início, e esta é afetada de forma profunda e duradoura pelo uso de antibióticos”, demonstrou o Professor americano Jan Suchodolski. Numa intervenção muito clara e concreta, Elizabeth Santin, Professora na Universidade Federal do Paraná, destacou a importância e a dificuldade de só dispor, como indicadores mais precoces da saúde digestiva, das lesões macroscópicas para controlar a saúde digestiva na pecuária com uma escala adaptada ao terreno, para melhor avaliar a saúde intestinal de suínos e aves de capoeira e desenvolver uma abordagem preventiva que conduza a uma redução do uso dos antibióticos.
A importância das fibras e a melhoria da sua digestibilidade constituiu também um tema forte da sessão dedicada ao suíno. “Ao produzirem ácidos graxos voláteis, as fibras melhoram a saúde intestinal”, explicou Gilles Langeoire, consultor francês em nutrição porcina. Langeoire acrescentou que “um melhor conhecimento da composição química das fibras e o seu efeito no processo digestivo do suíno em crescimento permitiriam usar rações mais ricas em fibras”.
As leveduras probióticas podem igualmente melhorar a saúde intestinal dos suínos graças à melhoria da digestão das fibras, como explicou Tadele Kiros Gebreyohannes, responsável pela P&D Suínos na Phileo Lesaffre Animal Care (Canadá). “Uma suplementação diária dos suínos com a levedura probiótica de referência Actisaf® favorece as fermentações no intestino grosso, o que conduz ao aumento do valor energético dos ingredientes alimentares e à melhoria do desempenho dos animais”, afirmou o Dr. Kiros Gebreyohannes, tendo acrescentado que Actisaf® possibilita, assim, a utilização de ingredientes mais baratos e menos energéticos nas rações dos suínos.

Afirmações secundadas pelo Dr. Jimmie Corley, responsável por Suínos e Aves de capoeira da Phileo Lesaffre Animal Care (EUA), que encerrou a sessão dedicada aos suínos com uma apresentação de soluções pro, pré e paraprobióticos que permitem garantir a segurança da saúde intestinal ao mesmo tempo que melhoram os desempenhos zootécnicos. Entre estas últimas, a levedura viva de referência Actisaf® possui inúmeros benefícios, como o desenvolvimento de uma flora digestiva favorável no leitão, a redução do número de bactérias coliformes do intestino e a melhoria do valor energético das rações.

Manter a integridade intestinal

“Alimentação e abeberamento precoces a partir da eclosão melhoram o desenvolvimento intestinal e o sistema imunitário dos pintos”, demonstrou Erik Helmink, Diretor de Marketing do grupo holandês HatchTech. Uma apresentação complementada pela de Aziz Sacranie, Diretor Técnico da Global Poultry Services (Reino Unido), que insistiu na importância dos sete primeiros dias de vida dos pintos para o seu crescimento.
Um outro fator-chave para reduzir o uso dos antibióticos é a aplicação de uma gestão eficaz da vacinação nas explorações agrícolas. A Dr.ª Sarah Tilley (EUA), Diretora do Serviço de Saúde de aves de capoeira na Fieldale Farms, umas das maiores integrações de aves de capoeira nos Estados Unidos, partilhou a sua experiência em matéria de boas práticas de vacinação no sentido de tornar os animais mais resistentes no caso de um problema patogênico. Contudo, a Dr.ª Tilley lembrou que um bom plano de vacinação deve estar associado a um elevado nível de biossegurança para conseguir usar menos antibióticos na criação de aves de capoeira. Michael Czarick, Professor Associado na Universidade da Geórgia (EUA) mostrou que “uma gestão otimizada da ventilação contribuirá para aumentar o conforto dos animais e será benéfica para a sua saúde". A fim de melhorar as condições de ventilação nos edifícios da exploração agrícola, a capacidade de extração de ar e a qualidade do aquecimento são importantes, a exemplo da consideração dos parâmetros a controlar, como por exemplo a taxa de CO2, a umidade relativa e as variações de temperatura. A umidade que vier a ser extraída do edifício não se encontrará na cama do gado, permitindo melhorar o conforto dos animais e reduzir a produção de amoníaco.
A conservação da integridade intestinal constituiu igualmente um tema central da sessão dedicada às aves de capoeira.
Para Jose Ignacio Barragan, consultor espanhol de aves de capoeira, as estratégias nutricionais contribuem para manter a saúde intestinal dos frangos no caso de níveis de antibióticos baixos ou inexistentes: verificar a quantidade e a qualidade da soja, a concentração dos alimentos em energia, aumentar a taxa de fibras brutas, utilizar aditivos como pré ou probióticos ou a betaína, muito eficaz no caso de estresse intestinal.
“Setenta por cento do sistema imunitário das aves de capoeira concentra-se no intestino, daí a importância da manutenção da sua integridade para assegurar aos animais bons desempenhos”, demonstrou Alain Riggi, Gerente Geral para aves de capoeira da Phileo, a quem coube fazer uma apresentação sobre o interesse das soluções nutricionais Phileo (Safmannan®, Nucleosaf® e Selsaf®) no arsenal preventivo contra os patogênicos, traduzindo-se numa melhor utilização dos antibióticos nas aves de capoeira. Alain Riggi acrescentou que “diferentes ensaios mostraram os efeitos da Safmannan®na morfologia da mucosa intestinal, melhorando a proporção entre o comprimento das vilosidades e a profundidade das glândulas de Lieberkühn, que é um bom indicador da saúde intestinal".
Um outro exemplo citado por Alain Riggi é a Selsaf®, uma fonte natural de selênio orgânico obtida a partir da cultura de uma estirpe específica da levedura Saccharomyces cerevisiae enriquecida em selenometionina e selenocisteína. “A Selsaf® protege as aves de capoeira do estresse oxidativo graças aos seus componentes selênicos ativos, contribuindo deste modo para manter a saúde e o desempenho das aves de capoeira”, acrescentou Alain Riggi.

Novembro 2017 - Phileo.

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