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O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos reviu em alta as suas previsões mundiais para a produção de carne de porco em 2014, com um aumento de 2,7 milhões de toneladas alcançando o número record de 107,4 milhões de toneladas.
Estados Unidos: espera-se um aumento da produção de 229.000 toneladas até alcançar os 10,7 milhões de toneladas. Espera-se um aumento em 100.00 cabeças no número de animais vivos importados que alcançariam os 5,6 milhões de cabeças. Contrariamente, espera-se uma diminuição das exportações de carne de porco de 84.000 toneladas (um total de 2,4 milhões) com menores vendas para a Rússia e Japão que poderiam ser compensadas com maiores exportações para o México e Canadá. As exportações de porcos vivos, reprodutores na sua quase totalidade, aumentarão em 20.000 cabeças para 60.000 devido à crescente demanda de China, México e Rússia.
China: espera-se um aumento da produção de 1,8 milhões de toneladas até alcançar o valor record de 53,8 milhões. O censo aumentou 3% devido a melhorias no maneio das doenças que limitaram as perdas durante a temporada de Inverno. Espera-se que a decisão do governo de ampliar até Junho os subsídios à produção de porcas impulsione a produção suína. As importações reduziram-se de 115.000 toneladas (700.000 toneladas) devido ao aumento da produção interna e à redução dos preços da carne de porco. As previsões nas exportações de porco aumentam em 90.000 cabeças (1,7 milhões) já que os baixos preços aumentarão a procura por parte de Hong Kong e Macau.
UE: Prevê-se uma diminuição da produção de carne de porco em 75.000 toneladas (22,6 milhões no total) devido à implementação das novas normas de bem-estar para porcas gestantes. Prevê-se também uma redução das exportações em 115.000 toneladas (2,3 milhões).
Brasil: as previsões referem um aumento da produção de carne de porco em 40.000 toneladas (3,4 milhões) devido à melhoria dos preços e a uns custos de alimentação mais estáveis. No entanto, as exportações reduzem-se em 25.000 toneladas (620.000 toneladas) devido ás restrições impostas pela Ucrânia ás importações procedentes do Brasil.
Canadá: a produção aumentará em 20.000 toneladas (1,8 milhões), o número de porcas é maior e o número de porcos aumentará em 350.000 cabeças (28,2 milhões). Espera-se também um aumento nas exportações de porcos vivos de 100.000 cabeças (5,7 milhões de cabeças), já que se espera que a procura por parte dos E.U.A. para porcos de engorda se mantenha forte. As exportações de carne de porco aumentarão em 35.000 toneladas (1,2 milhões) com aumentos dos carregamentos para o México e Rússia. No entanto, as restrições ao uso de ractopamina por parte da Rússia podem diminuir as vendas a curto prazo e mantê-las abaixo dos níveis de 2012.
Rússia: apesar dos elevados preços das rações, a produção de carne de porco aumentará em 75.000 toneladas até alcançar os 2,2 milhões. A indústria suína continua a expandir-se, ajudada pelo apoio do governo. As importações também aumentarão em 80.000 toneladas (1,1 milhões) devido aos preços competitivos.
Japão: se espera também um aumento da produção de 40.000 toneladas (1,3 milhões) devido à redução dos preços prevista, dos cereais forrajeiros. Espera-se um aumento do censo de porcos devido a um aumento do censo de mães, em particular na perfeitura de Miyazaki (uma das principais regiões produtoras de porco, afectada pela febre aftosa faz vários anos). As importações serão reduzidas em 30.000 toneladas (1,2 milhões) devido à depreciação do yen, maiores abastecimentos internos, maior consumo de carne de bovino dos E.U.A. e aumento da competição da carne de aves de curral devido a preços competitivos.
México: prognostica-se um aumento de 60.000 toneladas na produção (1,3 milhões de toneladas). No entanto, as importações aumentarão também em 80.000 toneladas alcançando um valor record de 770.000 toneladas devido a preços de importação competitivos e à forte procura.
Coreia do Sul: a produção aumentará em 190.000 toneladas e alcançará um valor record de 1,2 milhões de toneladas. A recuperação da indústria suína após o surto de febre aftosa em 2011 deu lugar a um excesso na oferta de porcos. Numa tentativa para evitar que os preços caiam abaixo dos custos de produção, o governo adquiriu 64.000 cabeças nos 2 primeiros meses de 2013. Os agrupamentos de produtores e o governo acordaram, entre outros aspectos: 1) a redução voluntária de 20 por cento das mães, 2) redução do peso de abate e 3) aumento na utilização de carne de porco nacional em detrimento da importada na produção de produtos cárnicos. Como resultado, o consumo está a aumentar a níveis record, enquanto que as importações se reduziram em 105.000 toneladas (400.000 toneladas).
Ucrânia: A produção reduz-se em 20.000 toneladas (600.000 toneladas). No entanto, as importações não se modificaram (200.000 toneladas).
Abril 2013/ FAS-USDA/ Estados Unidos.
http://www.fas.usda.gov/
