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A temporada de soja 2024/25 começou seca e com reservas no vermelho nos solos da região do Pampa. Entre meados de Outubro e meados de Dezembro, consolidou-se uma notável melhoria da disponibilidade hídrica em grande parte da área produtiva da Argentina. No entanto, uma La Niña moderada passou a ser o centro das atenções, com circulações secas e muito quentes vindas do nordeste. Esta semana, registou-se a terceira vaga de calor: as temperaturas foram superiores a 40°C na faixa central e no norte do país.
A falta de água limitou gravemente o crescimento e o número de entre-nós, e o calor tomou o centro das atenções em alturas muito sensíveis da primeira soja, forçando o aborto de flores e grãos e a perda de folhas e plantas.
A campanha de soja argentina está a atravessar dias-chave: o que acontecer com as chuvas nos próximos 10 dias será fundamental para colocar um piso na campanha e evitar mais cortes; são necessárias chuvas especialmente no centro e norte de Córdoba e Santa Fé, centro e centro-oeste de Buenos Aires, Santiago del Estero e, fundamentalmente, no Chaco.
Quanto à soja de segunda, a situação é ainda muito delicada. O stress térmico provocou danos generalizados na região de Pampa. Os rendimentos potenciais caíram de 30 a 70 % e muitas áreas não serão colhidas.
Perante este cenário de deterioração das culturas, a projeção nacional da soja baseia-se numa produção de 47,5 milhões de toneladas (Mt), ou seja, uma quebra de 2,5 Mt em relação ao ciclo anterior (50 Mt).
O milho também retrocede
A vaga de calor e a falta de água também afectaram o milho. Prevê-se que a produção seja 4% inferior à de Janeiro. Com um rendimento nacional de 7,05 toneladas/ha, a produção de milho para a campanha de comercialização de 2024/25 está estimada em 46 milhões de toneladas, 2 milhões de toneladas abaixo da estimativa de Janeiro.
13 de Fevereiro de 2025 | Bolsa de Comercio de Rosario | Argentina | www.bcr.com.ar
