Se se define as organizações de produtores como "a cooperação de qualquer agricultor baseada numa entidade legal", o número de organizações de produtores na UE atinge mais de 42000. A UE reconhece o papel especial que desempenham as organizações de produtores e, em resultado, podem pedir o reconhecimento no país da UE onde se encontram. A meados de 2017 havia 3505 organizações de produtores (OP) reconhecidas e associações de organizações de produtores (APOs).
França, Alemanha e Espanha são os três Estados Membros com maior número de OP's e APO's, com 759, 658 e 588 entidades reconhecidas respectivamente. Juntos representam cerca de 60% do total ao nível da UE. Quanto aos sectores, mais de 50% das entidades reconhecidas pertencem ao sector horto-frutícola. Os outros sectores com mais OP's e APO's reconhecidas som o sector do leite e dos lacticínos, o azeita e as azeitonas de mesa e o vinho.
O estudo revela que os objectivos principais das OP's e das APO's reconhecidas são comuns em todos os sectores e incluem:
- planificação de produção, adaptação à procura;
- concentração de produtos;
- e comercialização de produtos.
As OP's podem garantir uma maior penetração no mercado e um maior poder de negociação com outros actores da cadeia de fornecimento de alimentos. Também podem contribuir para mitigar os riscos e os custos económicos ao garantir, por exemplo, a segurança dos pagamentos ou a distribuição de investimentos. Relativamente aos incentivos técnicos, as OP's agregam valor às actividades comerciais ao proporcionar infraestruturas para a produção, o armazenamento ou o processamento. Finalmente, em relação à dimensão social ou humana, o estudo conclui que a maioria dos agricultores valorizam a abertura das OP's a novos membros e o seu funcionamento democrático. Isto ajuda a consolidar e a manter a confiança na organização.
O estudo identificou alguns obstáculos para novas adesões às OP's, como o receio a que os agricultores percam a sua libertade empresarial. Muitos agricultores não têm ideia dos benefícios de ser membro de uma OP e estão preocupados com os seus custos de funcionamento.
Em geral, os resultados do estudo indicam que os factores internos e externos devem-se considerar ao analisar o que contribuirá para o êxito ou para o fracasso das OP. Conclui que o factor interno mais importante é a existência de uma tradição bem estabelecida na cooperação agrícola a nível dos Estados Membros. Em relação aos factores externos, o mais importante é que as OP's possam operar e competir nos actuais mercados globalizados.
Quarta-Feira, 23 de Outubro de 2019/ DG Agri/ União Europeia.
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