O comércio mundial de todos os grãos e sementes oleaginosas aumentou em cerca de 150 milhões de toneladas nos últimos 5 anos, superando assim o crescimento em mais de 50%. No entanto, dada a diminuição significativa dos preços, o valor destes fluxos reduziu-se em mais de 15% para o mesmo periodo, cerca dos 200 milhões de dólares em 2014/15, segundo o último relatório de Rabobank "Grow with the Flow: 2016 Grain & Oilseed Trade Developments".
"Enquanto que as exportações dos Estados Unidos têm estado a lutar, nos últimos anos, devido à força do dólar americano, as exportações das regiões emergentes, com moedas fracas, continuam no auge. Isto inclui o Brasil, que superou os E.U.A. como maior exportador de soja do mundo e cujas exportações de milho triplicaram nos últimos 5 anos, assim como a região do Mar Negro, que continua a ter fortes taxas de crescimento das exportações ", segundo Stefan Vogel , estratega global de grãos e oleaginosas no Rabobank. "A UE experimentou também aumentos nas suas exportações de grãos em 50% durante os últimos cinco anos, devido às muito boas colheitas dos últimos anos."
As importações mundiais estão dominadas, tanto em termos absolutos como em termos de crescimento, pela Ásia (43% de todas as importações), seguido pela União Europeia (12%), assim como o Norte de África, África Sub-sahariana, Médio Oriente e América do Sul e Central, que representam, cada um, à volta de 8 a 11% das importações, com a África Subsahariana que mostra o maior crescimento.
O comércio América-Ásia é o factor chave que impulsiona os fluxos de grãos e oleaginosas de todo o mundo. Especialmente na China, onde nos últimos 5 anos as importações aumentaram em quase 90%.
Terça-feira, 17 de Maio de 2016/ Rabobank/ Holanda.
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