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Aumenta o consumo de carne nos países emergentes

O aumento do rendimento e as mudanças nas preferências dos consumidores resultaram num aumento do consumo de produtos de maior valor (como a carne e produtos lácteos) nas economias emergentes.

24 Outubro 2019
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Devido a dois factores importantes nas últimas duas décadas a nível mundial: o aumento do rendimento e as mudanças nas preferências dos consumidores, o consumo de alimentos tem crescido a um ritmo mais rápido que a população mundial.

Estes factores resultaram num aumento do consumo de produtos de maior valor (como a carne e produtos lácteos) nas economias emergentes. Paralelamente, as crescentes preocupações sociais e ambientais nas economias desenvolvidas influíram nas preferências dos consumidores, o que leva a um menor consumo de carne vermelha, por exemplo. Estes são alguns dos principais notas do relatório de mercado "Oferta e procura mundial de alimentos, tendências do consumidor e desafios comerciais", publicado pela Comissão.

A UE é, com distância, o maior consumidor de carne de porco, como carne preferida, com um consumo superior aos 40 kg per cápita. Segue-se a América do Norte com menos de 30 kg per cápita. A carne de porco também é a carne preferida na Ásia, onde deverá atingir os 15 kg per cápita em 2020. Por outro lado, em África, a carne de porco não se come tradicionalmente.

Menos de 8% da produção mundial é comercializada e mais de 80% das exportações são provenientes da América do Norte e da UE. Em ambas as regiões, a estabilidade e, mais recentemente, uma ligeira diminuição do consumo, juntamente com uma maior produção, levaram a um aumento do seu excedente, atingindo 30% de uso na América do Norte e 12% na UE. Na América do Sul, o seu superávit diminuiu para menos de 10% na década actual, principalmente devido ao aumento do consumo interno. Graças a um aumento significativo na produção nos últimos anos, o déficit do Mar Negro (e mais especificamente da Rússia) diminuiu. O efeto da Peste Suína Africana (PSA) não é tida em conta nas perspectivas da OCDE-FAO publicadas em 2019. O surto de PSA na Ásia provocou uma queda significativa da produção (e no consumo), bem como maiores importações na região e mais particularmente na China. Contudo, inclusivamente sem este acontecimento, a tendência a longo prazo indica um déficit crescente. A actualização dos sistemas de produção (da produção tradicional caseira para produção a maior escala) não se desenvolveu de forma suficientemente rápida como para responder ao impulso da procura. A PSA, provavelmente, acelerará esta adaptação.

Terça-Feira, 10 de Setembro de 2019/ DG Agri/ União Europeia.
https://ec.europa.eu/

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